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Estas são as ruas que podem mudar de nome em São Paulo

Prefeitura da cidade de São Paulo entra com projeto para revisar nome de vias que fazem referência a pessoas ligadas à repressão política e à tortura


	Elevado Costa e Silva poderia ser alterado para "Minhocão"
 (Eduardo Albarello/Veja)

Elevado Costa e Silva poderia ser alterado para "Minhocão" (Eduardo Albarello/Veja)

Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 15 de agosto de 2015 às 06h00.

São Paulo – A prefeitura do município de São Paulo pretende alterar o nome de ruas, viadutos, praças e outros logradouros públicos que façam referência a pessoas vinculadas à repressão do regime militar

O projeto “Ruas de Memória”, lançado na manhã de quinta-feira, quer rebatizar os locais com nomes de pessoas que lutaram em prol da democracia, liberdade e direitos humanos. 

É o caso do Viaduto 31 de março, que faz referência à data do golpe militar. Um projeto encaminhado à Câmara Municipal pelo prefeito Fernando Haddad (PT) pede alteração do nome do espaço para viaduto Therezinha Zerbini – ativista que lutou pela anistia durante a ditadura. 

No período em que vigorou o regime ditatorial, foram registradas 434 mortes ou desaparecimentos, segundo relatório final da Comissão Nacional da Verdade, que investigou os crimes cometidos entre 1964 e 1985.  

"Esse projeto visa celebrar a vida daqueles que se dedicaram à democracia e que lutaram pelas liberdades individuais no nosso país, substituindo o nome daquelas ruas associadas ao período de arbítrio, ao período da violência que reinou no nosso país durante mais de 20 anos”, diz o prefeito. 

Até agora, a Secretaria Municipal de Direitos e Humanos e Cidadania já identificou 22 regiões que homenageiam chefes que serviram à repressão. A prefeitura promete que a escolha dos novos nomes das vias residenciais contará com a participação dos moradores da comunidade local. 

Conheça um pouco sobre o nome e localização das ruas, praças e viadutos que podem ganhar novos nomes, caso o projeto seja aprovado na Câmara:

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Duas regiões não foram localizadas no mapa interativo.

Praça Ministro Alfredo Buzaid, Moema, Zona Sul de São Paulo
O Advogado e professor apoiou o Ato Institucional nº 5, que inaugurou o período mais intenso de repressão. Ele também foi ministro da Justiça de 1969-1974, durante o governo de Médici.

Avenida General Ênio Pimentel da Silveira, Campo Limpo, Zona Sul de São Paulo
O General teve participação comprovada em casos de tortura, execução e desaparecimento forçado.

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