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Congresso poderá votar dois projetos distintos para terceirização

Para o presidente da Casa, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), a ideia é que uma proposta de regulamentação da terceirização complemente a outra

Eunício Oliveira (PMDB-CE): "se ele (o projeto que tramita no Senado) for debatido e aprovado nas comissões e chegar à Mesa, eu vou pautá-lo" (Divulgação/Agência Senado)

Eunício Oliveira (PMDB-CE): "se ele (o projeto que tramita no Senado) for debatido e aprovado nas comissões e chegar à Mesa, eu vou pautá-lo" (Divulgação/Agência Senado)

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Reuters

Publicado em 9 de março de 2017 às 12h33.

Última atualização em 27 de março de 2017 às 17h11.

Brasília - O Senado poderá votar um projeto que regulamenta a terceirização, ainda tramitando nas comissões, informou nesta quinta-feira o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), enquanto a Câmara deve votar, na semana do dia 20 deste mês, outra proposta que trata do mesmo assunto.

A medida que tramita no Senado, já aprovada pelo deputados, precisa ainda passar por comissões, para então chegar ao plenário.

Paralelamente, ficou acertado, em reunião na quarta-feira entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), que os deputados devem votar um outro projeto apresentado no fim da década de 1990 sobre o tema.

"São dois projetos", explicou o presidente do Senado. "Se ele (o projeto que tramita no Senado) for debatido e aprovado nas comissões e chegar à Mesa, eu vou pautá-lo", afirmou.

Segundo Eunício, a ideia é que a proposta que aguarda votação no Senado possa "contemplar" aquilo que o projeto em análise na Câmara, mais antigo, não aborda.

"Principalmente aquilo que é do interesse do trabalhador... aquilo que estiver desatualizado", argumentou o senador.

Na véspera, deputados da oposição criticaram a ideia da dupla votação, alertando para o risco de prejuízo ao trabalhador por entenderem que pode haver uma ampliação generalizada do trabalho terceirizado.

O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) chamou a atenção para o que considerou uma "anomalia do encaminhamento" diante da perspectiva de votação dos projetos nas duas Casas.

"Uma coisa é regulamentar, regularizar e cuidar da proteção daqueles que já são terceirizados. Outra coisa é estender a terceirização indefinidamente e sem controle para todos os setores", afirmou Almeida.

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