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CPI mista da Petrobras tem mesmo presidente da CPI do Senado

Deputados e senadores elegeram o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) para presidir os trabalhos da CPI mista da Petrobras

Senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) é eleito presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito Mista da Petrobras, que investigará denúncias de irregularidades na estatal (Pedro França/Agência Senado)

Senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) é eleito presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito Mista da Petrobras, que investigará denúncias de irregularidades na estatal (Pedro França/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2014 às 16h52.

Brasília - Deputados e senadores instalaram nesta quarta-feira a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista para investigar denúncias contra a Petrobras, e elegeram o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) para presidir os trabalhos que, por sua vez, designou o deputado Marco Maia (PT-RS) para ser o relator.

O clima na CPI mista, proposta pela oposição, era menos amigável do que o presente na CPI já instalada no Senado para investigar as mesmas suspeitas que recaem sobre a estatal.

Rêgo também é o presidente na comissão parlamentar de inquérito sobre a Petrobras exclusiva no Senado.

A CPI do Senado e a comissão instalada nesta quarta-feira têm como objeto a investigação de denúncias, como a suspeita de superfaturamento na compra de uma refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e ainda suposto pagamento de propina a funcionário da Petrobras por uma empresa holandesa.

Mas, ao contrário da CPI do Senado, a CPI mista instalada nesta quarta, composta por senadores e deputados, deve proporcionar um clima mais conflituoso.

A oposição, que vinha boicotando os trabalhos na comissão do Senado, compareceu em peso na instalação da CPI mista, e já deu demonstração de que pretende provocar embates com governistas.

O governo, por possuir as maiores bancadas, domina numericamente as duas comissões.

Uma investigação sobre a Petrobras tem potencial de afetar os planos de reeleição da presidente Dilma Rousseff em outubro deste ano.

A presidente se viu no centro da controvérsia em torno da compra da refinaria em Pasadena ao afirmar, em nota divulgada em março, que o Conselho de Administração da Petrobras, então presidido por ela, aprovou a transação com base em um documento "técnica e juridicamente falho".

Governo e oposição podem ter ainda outro palco para se confrontar. Corre, no Congresso, outro pedido de criação de uma CPI mista, desta vez proposta por governistas, para investigar um suposto cartel de empresas de trens e metrôs em São Paulo e no Distrito Federal, que pode ter efeitos negativos sobre políticos do PSDB, partido que comanda o governo paulista há 20 anos.

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