Brasil

Congresso deve votar Lei de Diretrizes Orçamentárias nesta quarta

Projeto precisa ser aprovado ainda neste ano, para que 2021 não comece sem previsão orçamentária, o que pode levar a um apagão da máquina pública

Congresso Nacional, em Brasília (Paulo Whitaker/Reuters)

Congresso Nacional, em Brasília (Paulo Whitaker/Reuters)

AA

Alessandra Azevedo

Publicado em 16 de dezembro de 2020 às 06h00.

O Congresso deve analisar nesta quarta-feira, 15, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), projeto que serve de base para o Orçamento de 2021. O projeto precisa ser aprovado ainda neste ano, para que o ano que vem não comece sem previsão orçamentária, o que pode levar a um apagão da máquina pública. 

Como a Comissão Mista de Orçamento (CMO), responsável por analisar a proposta orçamentária antes da votação final, não foi reinstalada, o texto será analisado direto no plenário. O colegiado está parado há meses, desde o início da pandemia, e não voltou aos trabalhos devido a disputas políticas em torno da presidência da Câmara.

A LDO 2021 deveria ter passado pelo plenário até 17 de julho e, portanto, já está há mais de cinco meses atrasada. Se não for aprovada em 2020, o governo não tem como fazer gastos a partir de janeiro, nem para pagar aposentadorias e salários de servidores. Ou seja, ocorreria o chamado “shutdown” da máquina pública.

A aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA), que é o orçamento consolidado com base na LDO, ficará para o ano que vem. Nesse caso, o governo pode antecipar gastos e não corre risco de não poder realizar despesas. A União precisará aplicar a regra dos duodécimos: a cada mês, poderá usar um doze avos do Orçamento previsto pelo Executivo.

Para que essa situação não se prolongue, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pretende suspender o recesso parlamentar. O adiamento do recesso ainda precisa ser definido com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Sessão

A sessão de discussão e votação da matéria, nesta quarta, será dividida em duas partes, uma para os deputados, a partir das 10h, e outra para os senadores, marcada para as 16h. Foi concedido um prazo de cinco dias úteis para apresentação de emendas ao Anexo de Metas e Prioridades para o próximo ano, entre 4 e 11 de dezembro. 

Os parlamentares apresentaram 257 emendas, acatadas totalmente ou em parte pelo relator do projeto, senador Irajá Abreu (PSD-TO). Cada deputado ou senador poderia apresentar uma emenda. Bancadas estaduais e do Distrito Federal tinham direito a duas cada.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosCongressoExame HojeOrçamento federalSenado

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas