Brasil

Congresso continuará votando reformas, diz Meirelles

Ministro da Fazenda disse que continua com agenda intensa de trabalho e reuniões com lideranças, empenhado na aprovação das reformas

Henrique Meirelles, sobre reformas: "esta é a agenda em que o Brasil está engajado e vai continuar, independentemente de qualquer coisa" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Henrique Meirelles, sobre reformas: "esta é a agenda em que o Brasil está engajado e vai continuar, independentemente de qualquer coisa" (Ueslei Marcelino/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 23 de maio de 2017 às 14h35.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse acreditar que o Congresso Nacional continuará votando os projetos fundamentais para o país, como as reformas trabalhista e a da Previdência, apesar da crise política. "Esta é a agenda em que o Brasil está engajado e vai continuar, independentemente de qualquer coisa."

Meirelles discursou durante o seminário Financiamento e Garantias para a Infraestrutura, promovido pela Associação Brasileira de Desenvolvimento e Indústria de Base (ABDIB) na capital paulista, e deixou o local sem falar com a imprensa.

O ministro disse que continua com agenda intensa de trabalho e reuniões com lideranças, empenhado na aprovação das reformas.

"Estou, de fato, trabalhando dia e noite", declarou. Segundo ele, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pretende votar a reforma da Previdência nas próximas semanas.

Desde a última quarta-feira (17), quando vieram à tona denúncias sobre o suposto esquema de pagamento de propina e troca de favores com empresários do grupo JBS, no âmbito das investigações da Lava Jato, o Congresso teve atividades suspensas ou canceladas e não votou nenhuma medida.

Mudanças na aposentadoria

Durante sua apresentação, Meirelles rebateu críticas à reforma da Previdência, entre elas a de que a mudança vai privilegiar os mais ricos. "Ao contrário.

Hoje, os 20% de menor renda na população não conseguem contribuir os 35 anos com carteira assinada, porque acabam recorrendo ao mercado informal. Os pobres tendem a aposentar por idade. Vão contribuir mais aqueles com renda um pouco mais elevada", argumentou.

Para o ministro, à medida que os gastos públicos diminuírem, a taxa de juros estrutural da economia deve cair. "No Brasil, ela é muito alta, sabemos disso", disse.

O Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas do país) também crescerá, na avaliação de Meirelles. A projeção dele para o período de 2018 a 2027 é de alta de 3,7% caso as reformas sejam aprovadas; e de 2,3% sem aprovação das reformas.

Acompanhe tudo sobre:CongressoCrise políticaGoverno TemerHenrique MeirellesMinistério da FazendaReforma da PrevidênciaReforma trabalhista

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 23 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP