Brasil

Congresso continua um poder independente, diz líder do PMDB

O fato de Michel Temer assumir posto de articulador não fará com que o Congresso deixe de apreciar projetos que desagradem o governo, diz Eunício Oliveira


	Senador Eunício Oliveira (PMDB-CE): "o Congresso continua sendo um poder independente do Legislativo"
 (Geraldo Magela/Agência Senado)

Senador Eunício Oliveira (PMDB-CE): "o Congresso continua sendo um poder independente do Legislativo" (Geraldo Magela/Agência Senado)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2015 às 23h55.

Brasília - O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), sinalizou nesta quarta-feira, 8, que o fato de o vice-presidente da República, Michel Temer, ter assumido o posto de articulador político e os partidos da base aliada terem assinado um pacto de responsabilidade fiscal com o governo não vai fazer com que o Congresso deixe de apreciar projetos que desagradem ao Palácio do Planalto.

"O Congresso continua sendo um poder independente do Legislativo. O nosso compromisso é no sentido de não aprovar mais despesas. É um compromisso temporário para que o Brasil possa voltar a crescer", afirmou.

O peemedebista foi um dos fiadores do documento assinado pelos líderes partidários hoje, no qual eles se comprometem a evitar que projetos que criem novos gastos para o governo sejam aprovados.

Eunício afirma, porém, que outras matérias que não gerem novas despesas vão continuar a ser discutidas pelas duas Casas, mesmo que não contem com a simpatia da presidente Dilma Rousseff.

É o caso da proposta de redução do número de ministérios, que tramita na Câmara, e que, segundo o líder do PMDB, também vai ter espaço para ser apreciada no Senado. "Cortar ministérios é uma pauta positiva para o governo. É cortar despesas, não aumentar", diz.

Outro tema sensível ao governo e que Eunício diz não ver problema em discutir é a chamada PEC da Bengala, que aumenta de 70 para 75 anos a idade máxima para a aposentadoria de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A proposta vai tirar de Dilma o direito de indicar cinco ministros do STF durante o seu segundo mandato.

Acompanhe tudo sobre:MDB – Movimento Democrático BrasileiroMichel TemerPartidos políticosPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosSenado

Mais de Brasil

Após ordem de Moraes, Anatel informa que operadoras bloquearam acesso ao Rumble no Brasil

Justiça Eleitoral condena Marçal por abuso de poder e o declara inelegível

Alexandre de Moraes determina suspensão do Rumble no Brasil

ViaMobilidade investirá R$ 1 bilhão nas linhas 8 e 9 para reduzir intervalos e reformar estações