Congresso Nacional do Brasil (Moment/Getty Images)
Alessandra Azevedo
Publicado em 3 de fevereiro de 2021 às 06h00.
Última atualização em 3 de fevereiro de 2021 às 13h39.
Depois de um início de semana intenso, com eleições e impasses para a definição de cargos na diretoria, o Congresso se reúne nesta quarta-feira, 3, para a cerimônia de abertura do ano legislativo, às 16h. O presidente Jair Bolsonaro deve participar pessoalmente do evento neste ano, como forma de comemorar a vitória dos dois nomes apoiados por ele nas disputas pelas presidências das Casas: Arthur Lira (PP-AL), na Câmara, e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), no Senado.
Pacheco, que também é presidente do Congresso, é o responsável por conduzir a sessão solene de abertura do ano legislativo. Desta vez, a tradicional leitura da mensagem enviada pelo Poder Executivo ao Legislativo deve ser feita pelo próprio Bolsonaro. Em 2019 e 2020, o presidente não participou da cerimônia. No lugar dele, foi o ministro Onyx Lorenzoni, então ministro da Casa Civil.
Antes do evento, pela manhã, Bolsonaro deve se encontrar com Pacheco e Lira, na primeira reunião oficial desde que os parlamentares foram eleitos presidentes das Casas, em 1º de fevereiro. O encontro acontecerá às 9h30, logo depois de Pacheco e Lira assinarem um documento conjunto com compromissos no Legislativo, possivelmente relacionados a pautas como vacinação contra a covid-19 e reformas.
Em seguida, ainda antes da cerimônia de abertura dos trabalhos, a Câmara definirá os nomes que ocuparão cargos na Mesa Diretora da Casa. Depois de reunião com líderes partidários, nesta terça-feira, 2, Lira entrou em acordo com a oposição para a distribuição dos cargos. Estão em jogo duas vice-presidências e quatro secretarias, responsáveis pela administração e por gerir recursos da Câmara.
Pelo acordo, a primeira vice-presidência, cargo mais cobiçado, será de Marcelo Ramos (PL-AM). O segundo vice-presidente será André de Paula (PSD-PE). O PT terá direito à segunda secretaria, e quem ocupará o posto será Marília Arraes (PT-PE). A primeira secretaria deve ficar com o deputado Luciano Bivar (PSL-PE). O deputado Marcelo Nilo (PSB-BA) ficará com a terceira secretaria e Rosângela Gomes (Republicanos-RJ), com a quarta. As suplências serão do PSDB, do DEM, do PSC e do PDT.