Brasil

Witzel aprova lei que veta contratação de condenados na Lei Maria da Penha

Segundo a nova regra, não poderão assumir cargos em comissão nos órgãos da administração pública estadual homens condenados por agressões

Maria da Penha: condenados pela lei não poderão ocupar cargos na administração pública do Rio de Janeiro (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Maria da Penha: condenados pela lei não poderão ocupar cargos na administração pública do Rio de Janeiro (Antonio Cruz/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 7 de março de 2019 às 19h29.

Última atualização em 8 de março de 2019 às 12h09.

São Paulo — Pessoas condenadas pela Lei Maria da Penha, que pune casos de violência doméstica, não poderão ser nomeadas para ocupar cargos em comissão nos órgãos da administração pública do estado do Rio de Janeiro.

A medida está prevista em lei sancionada pelo governador Wilson Witzel e foi publicada nesta quinta-feira (7) no Diário Oficial do estado. A intenção do governo carioca é fazer uma ação para marcar o Dia Internacional da Mulher.

"Fica vedada a nomeação, no âmbito da administração pública direta e indireta, bem como em todos os poderes do estado do Rio de Janeiro, para todos os cargos em comissão de livre nomeação e exoneração, de pessoas que tiverem sido condenadas nas condições previstas na Lei Maria da Penha", diz o texto.

O projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) é de autoria da deputada Enfermeira Rejane (PCdoB) e do então deputado Doutor Julianelli, que não foi reeleito para um novo mandato.

"A vedação vale para condenações em decisão transitada em julgado, até que o cumprimento da pena seja comprovado. A violência contra a mulher, lamentavelmente, perdura nos diferentes grupos da sociedade como um flagelo generalizado, que põe em perigo suas vidas e viola os seus direitos. É necessário ampliar as medidas de combate a esse crime", destacou a parlamentar.

Acompanhe tudo sobre:Rio de JaneiroDia Internacional da MulherFeminicídiosWilson WitzelLei Maria da Penha

Mais de Brasil

Temer diz que insistiria em telefonar a Trump para tratar de tarifaço de 50%

Lula assina acordos com a Nigéria após tarifaço de Trump e critica 'unilateralismo e protecionismo'

Direita vai se unir no 1º turno e PL terá candidato à Presidência, diz Valdemar Costa Neto

Bolsonaro deve receber visitas antes do julgamento no STF