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Concessões são oportunidade para crescer mercado de capitais

Opinião é do diretor de Relações com Investidores do Itaú Unibanco, Marcelo Kopel

Milher Temer - 18/05/2016 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Milher Temer - 18/05/2016 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2016 às 10h48.

São Paulo -- A nova rodada de concessões que o governo do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) pretende tirar do papel deve abrir grande oportunidade no mercado de capitais, afirmou o diretor de Relações com Investidores do Itaú Unibanco, Marcelo Kopel. Os bancos privados, contudo, tendem a ter participação menor nos financiamentos, provavelmente focados na fase inicial dos projetos.

"Temos oportunidade grande no mercado, onde os bancos têm papel importante, mas principalmente na fase pré-operacional", disse Kopel durante reunião com investidores promovida pela Apimec no Rio. "Ainda não temos claro qual vai ser o papel. O governo está sinalizando algumas coisas, mas temos que ver de forma concreta como vai ser essa atuação", ressalvou.

Segundo Kopel, o sistema financeiro dificilmente carregará consigo ativos de longo prazo, como é o caso das concessões. Os investidores institucionais, como fundos, devem ter apetite maior por esse tipo de investimento. O Itaú, porém, deve fazer uma análise caso a caso, explicou o diretor.

"O mercado de capitais tem uma fantástica oportunidade para se desenvolver no Brasil. À medida que você deixa o mercado se desenvolver, ele vai achando as soluções e os instrumentos que permitam que você tenha financiamentos de longo prazo e os investidores de longo prazo para fazer esse tipo de financiamento", disse.

"Quando você tem um banco que supre isso, fica mais fácil ir nesse banco. À medida que o banco está menos presente, isso permite que o mercado se desenvolva mais. Mas é algo que não acontece do dia para a noite", acrescentou.

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