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Reforma da Previdência não será "desidratada", diz Moreira Franco

Ministro diz, em evento de EXAME, que a principal consequência de adiar a votação é que teremos um Natal num ambiente de menor confiança

Moreira Franco: "já se tirou tanto" da reforma da Previdência (Ueslei Marcelino/Reuters)

Moreira Franco: "já se tirou tanto" da reforma da Previdência (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Flávia Furlan

Publicado em 15 de dezembro de 2017 às 12h59.

Última atualização em 15 de dezembro de 2017 às 13h13.

São Paulo – O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Wellington Moreira Franco, disse, nesta sexta-feira (15), que o governo vai trabalhar para obter a quantidade de votos necessários para aprovar a reforma da Previdência no Congresso no início de fevereiro. Ele participou do evento Avançar Cidades, promovido por EXAME. “Há muita reação contrária à reforma, mas o governo Temer acredita no diálogo. Não temos ainda o número de votos necessários para passar a proposta, mas trabalhamos para ter esse número até fevereiro”, afirmou.

À reportagem de EXAME, Moreira Franco disse que não acredita que o fato de a proposta ficar para 2018 reduzirá seus efeitos sobre as contas públicas. Ele também disse não acreditar que a reforma final poderá sair mais "desidratada", diante da proximidade com as eleições e o aumento do custo político para quem votar a favor. “A principal consequência, no entanto, é que poderíamos passar o Natal, e sobretudo o Ano Novo, num ambiente de confiança muito mais seguro e forte do que vamos passar sem aprová-la neste ano”.

O ministro ainda disse que, se a reforma não for aprovada em 2018, esse deve ser o tema das eleições do ano que vem. Caso ela seja aprovada, abre espaço para a discussão sobre o plano econômico dos candidatos para o país. De acordo com Moreira Franco, o sistema previdenciário brasileiro é um Robin Wood às avessas, que tira dos pobres para dar aos ricos. “Precisamos de regras idênticas para todos os trabalhadores. Não dá para viver numa sociedade com tamanhas injustiças e privilégios.”

Confira o vídeo com a entrevista de Moreira Franco ao diretor editorial de EXAME, André Lahóz Mendonça de Barros:

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