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Compra do terreno da Oi para moradia popular é anunciada

O anúncio foi feito pelo prefeito Eduardo Paes no fim de semana, durante a entrega das últimas unidades do Bairro Carioca, em Triagem

Terreno da Oi: ele foi ocupado por milhares de famílias, em abril (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Terreno da Oi: ele foi ocupado por milhares de famílias, em abril (Tomaz Silva/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2014 às 19h22.

Rio de Janeiro - A prefeitura do Rio de Janeiro vai comprar o terreno da Oi no Engenho Novo, zona norte da cidade, que foi ocupado por famílias sem teto em abril, para construir moradias populares.

O anúncio foi feito pelo prefeito Eduardo Paes no fim de semana, durante a entrega das últimas unidades do Bairro Carioca, em Triagem, destinado a moradores de áreas de risco.

“A prefeitura do Rio vinha trabalhando para comprar essa área há mais de dois anos. A Oi agora aceitou a nossa proposta e estamos fechando a compra do prédio. Falta acertar os últimos detalhes, mas a nossa ideia é fazer ali também o Bairro Carioca 2, com o Minha Casa, Minha Vida, seguindo a lista das pessoas que estão cadastradas no programa do governo federal na cidade do Rio de Janeiro”, informou Paes.

De acordo com a prefeitura, o local deve receber entre 1.200 e 1300 apartamentos.

A compra, contudo, ainda não foi fechada. Também não foram disponibilizadas mais informações sobre o projeto.

Procurada pela Agência Brasil, a assessoria de imprensa da Oi informou que o assunto só será tratado publicamente pela prefeitura.

A ocupação do terreno, iniciada no começo de abril, chegou a reunir cerca de 5 mil pessoas.

A reintegração de posse ocorreu no dia 11 de abril, com confronto entre os moradores e a polícia, que usou bombas de efeito moral.

Um grupo de ex-ocupantes acampou à frente da prefeitura por uma semana e, depois de serem expulsos de lá, seguiram para a Catedral Metropolitana, onde permaneceram por mais duas semanas até serem abrigados em uma quadra de futebol de salão cedida pela Igreja de Nossa Senhora do Loreto, na Ilha do Governador, na zona norte da capital fluminense.

Segundo a Secretaria Municipal de Habitação (SMH), os moradores da antiga ocupação integrarão a lista de famílias que esperam por imóveis populares.

A meta da prefeitura é construir e entregar, até o fim de 2016, cerca de 100 mil unidades, com prioridade para famílias que foram desapropriadas para obras públicas ou que vivem em áreas de risco.

A SMH informa que o cadastro do Programa Minha Casa, Minha Vida no município tem cerca de 400 mil famílias, mas que há um déficit de 148 mil moradias no Rio de Janeiro.

Até a última sexta-feira (16), a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social atendeu 1.109 ex-ocupantes do terreno da Oi, no mutirão social promovido desde o dia 9. As pessoas foram incluídas em programas sociais como o Bolsa Família e o Cartão Família Carioca.

Do total de atendidos, 195 se cadastraram para oportunidades de trabalho oferecidas pela Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego e 155 se inscreveram em cursos de capacitação profissional oferecidos pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), pelo Centro Técnico da Indústria Química e Têxtil (Cetiqt) e pelo Sindicato da Construção Civil (Seconci).

As famílias que ainda não se cadastraram podem fazêlo no Centro de Referência de Assistência Social Tia Ruth (Lar de Júlia) ou nas unidades da Secretaria de Desenvolvimento Social, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

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