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Compra de livros representa 82% do uso do Vale-Cultura

Vale-compras no valor de R$ 50 tem sido usado majoritariamente na compra de livros, jornais e revistas


	Marta Suplicy, ministra da Cultura: em seis meses, já foram emitidos mais de 223 mil cartões do Vale-Cultura
 (Wilson Dias/ABr)

Marta Suplicy, ministra da Cultura: em seis meses, já foram emitidos mais de 223 mil cartões do Vale-Cultura (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2014 às 16h32.

São Paulo - A ministra da Cultura, Marta Suplicy, divulgou nesta sexta-feira, durante a abertura da 23ª Bienal do Livro de São Paulo, os dados atualizados sobre o uso do Vale-Cultura, criado para fomentar o acesso à cultura entre trabalhadores com renda de até cinco salários mínimos.

De acordo com Marta, o vale-compras no valor de R$ 50 tem sido usado majoritariamente na compra de livros, jornais e revistas, que concentram 82% das operações realizadas com o cartão.

"Eu lembro que, quando fazia campanha com (o ex-presidente) Lula, ele dizia que o sonho dele era dar comida três vezes ao dia para todos os brasileiros. Acho que isso está praticamente encaminhado, agora o brasileiro quer alimento para a alma", comentou a ministra.

De acordo com dados do Ministério da Cultura, em seis meses já foram emitidos mais de 223 mil cartões com potencial de movimentação no setor de R$ 25 bilhões por ano.

Marta insistiu ainda na defesa de uma nova imagem cultural do Brasil, baseada na produção cultural em áreas ainda pouco divulgadas, como a literatura, a partir de uma série de políticas de incentivo à leitura.

Entre os projetos, está a implementação de um Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), cujo decreto foi assinado durante a cerimônia de abertura da Bienal e que prevê investimentos para a ampliação e reforma de bibliotecas e ações de incentivo à leitura.

Tido pela ministra como "o mais importante" projeto para o incentivo à leitura, o decreto está sendo transformado em projeto de lei e deve ir ao Congresso em setembro.

"O Brasil vai ter um política de Estado para o desenvolvimento da leitura. Quando você carimba como política de Estado, as coisas ganham outro nível", ressaltou a ministra.

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