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Compostagem humana se torna alternativa legal em estado dos EUA

Processo de aceleração de decomposição de corpos humanos tem menor impacto ambiental que cremação e enterro tradicional

Processo desenvolvido pela Recompose é similar ao utilizado durante décadas nas granjas para processar cadáveres de animais (Medioimages/Photodisc/ThinkStock/Thinkstock)

Processo desenvolvido pela Recompose é similar ao utilizado durante décadas nas granjas para processar cadáveres de animais (Medioimages/Photodisc/ThinkStock/Thinkstock)

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AFP

Publicado em 21 de maio de 2019 às 20h29.

Última atualização em 21 de maio de 2019 às 20h50.

É uma opção alternativa ao enterro tradicional ou à cremação: uma nova lei do estado de Washington permitirá que os cadáveres sejam transformados em composto e que literalmente voltem à terra.

A lei, a primeira deste tipo nos Estados Unidos, autoriza uma "redução natural orgânica", ou seja, uma "conversão contida e acelerada de restos humanos em terra".

Lei foi aprovada no fim de abril pelo legislativo do estado, considerado progressista, e sancionada pelo governador Jay Inslee nesta terça-feira (21), que, com uma mensagem focada em meio-ambiente, busca ser o candidato democrata nas presidenciais de 2020.

A lei entrará em vigor em maio do ano que vem.

O processo de compostagem "oferece uma alternativa ao embalsamamento e enterro ou cremação. É natural, seguro, sustentável, e resultará em uma economia significativa de emissões de CO2 e no uso da terra", explicou Katrina Spade, uma das promotoras do projeto de lei.

A jovem se apaixonou por estas alternativas há 10 anos e criou a empresa Recompose em Seattle, que desenvolveu um processo de compostagem humana que está quase pronto para ser comercializado.

O processo se concentra em acelerar a decomposição natural do corpo, que é colocado em um contêiner, que serve de caixão para o funeral.

Lá é colocado com palha, lascas de madeira e alfafa, e são criadas as condições perfeitas de umidade e oxigenação para que as bactérias façam seu trabalho.

"Tudo, incluindo os dentes e ossos, se transforma em composto", escreveu a Recompose, que durante 30 dias monitora o processo de decomposição.

O processo desenvolvido pela Recompose é similar ao utilizado durante décadas nas granjas para processar cadáveres de animais. Foi testado cientificamente no ano passado pela Universidade Estadual de Washington, que usou seis corpos doados por voluntários.

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