Rainha Elizabeth II (Dominic Lipinski/AFP)
Alessandra Azevedo
Publicado em 8 de setembro de 2022 às 16h02.
Última atualização em 8 de setembro de 2022 às 17h05.
Políticos brasileiros lamentaram a morte da Rainha Elizabeth II, do Reino Unido, nesta quinta-feira, 8. A monarca faleceu aos 96 anos, no Castelo de Balmoral, na Escócia. Candidatos à Presidência da República, ministros, parlamentares e governadores prestaram condolências à família real britânica.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) lamentou a morte de Elizabeth II e decretou luto oficial de três dias em todo o território nacional. "Nesta data triste para o mundo, decretamos três dias de luto oficial e convidamos todo o povo brasileiro a prestar homenagens à Rainha Elizabeth II", escreveu, no Twitter.
O presidente disse ainda que o Brasil recebeu a notícia do falecimento “com grande pesar e comoção”. Ele descreve Elizabeth II como “uma mulher extraordinária e singular, cujo exemplo de liderança, de humildade e de amor à pátria seguirá inspirando a nós e ao mundo inteiro até o fim dos tempos”.
Além disso, o governo brasileiro publicou uma foto da rainha no Twitter. O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, também postou uma nota, na qual homenageia a monarca e diz que ela era "a líder maior de um grande povo".
“O mundo está sem rainha! Deixa hoje o nosso convívio a rainha de nossa geração, dos nascidos na década de 1950 que se acostumaram a vê-la como símbolo do próprio Reino Unido. O momento é de homenagem a essa figura ímpar de estadista. A última heroína do século XX. A última combatente da Segunda Guerra Mundial", escreveu Mourão.
O vice-presidente lembrou que a rainha, "simpática e presente como sempre foi", enviou ao presidente Jair Bolsonaro "os cumprimentos pelo Bicentenário da Independência do Brasil, lembrando com carinho sua visita ao nosso país em 1968". "Descanse em paz Elizabeth, exemplo de mulher, mãe, esposa e servidora de sua nação!”, disse.
O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, disse que a trajetória de Elizabeth II "deixa um legado de dedicação ao seu país". Nas redes sociais, ele afirmou que "nos solidarizamos com todo o povo da Grã-Bretanha que sofre a perda de um símbolo mundial".
No Twitter, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, publicou uma nota, na qual diz que a morte da rainha é uma "grande perda para todo o mundo". Para ele, Elizabeth II "foi uma líder que serviu de exemplo para muitos e cumpriu sua missão de vida". "Que Deus conforte os familiares", acrescentou.
O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, disse ter recebido "com pesar" a notícia do falecimento da rainha. "A monarca uniu os britânicos durante o seu longevo reinado, que atravessou guerras e crises mundiais. Rainha Elizabeth II deixa um legado notável, como uma das lideranças mais respeitadas da história. Descanse em paz", escreveu.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também disse que recebeu a notícia “com tristeza”. Em nota publicada pouco após a confirmação da morte, o senador, que preside o Congresso Nacional, diz que a rainha “cumpriu seu papel constitucional com louvor e foi um exemplo de estadista”.
“Aos 96 anos, e mais de 70 anos de reinado, Elizabeth II vivenciou alguns dos momentos mais importantes da história da humanidade”, lembrou Pacheco. “Em nome do Congresso Nacional brasileiro, presto condolências à família e a todo o povo do Reino Unido”, escreveu.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), manifestou "profundo pesar" pela morte da rainha, "cujo longevo reinado testemunhou as grandes transformações pelas quais o mundo passou no quase um século que viveu".
"Ao transmitir nossas condolências ao povo britânico e à sua família real, relembro as históricas ligações entre o Brasil e o Reino Unido, que datam desde os primeiros anos de nossa vida como Nação independente e que se fortaleceram enquanto a Rainha Elizabeth reinou", escreveu Lira, no Twitter.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à Presidência da República neste ano, prestou "condolências à família e a todos que admiravam a Rainha Elizabeth II no Reino Unido e ao redor do mundo". No Twitter, o petista exaltou a monarca e fez uma retrospectiva da relação do Reino Unido com o Brasil.
"A Rainha Elizabeth II testemunhou e participou dos grandes eventos e processos históricos dos últimos 80 anos. Marcou era como Chefe de Estado, reinando em convivência com primeiros-ministros de diferentes linhas ideológicas", escreveu Lula.
"Em nosso governo, o Reino Unido e o Brasil tiveram excelentes relações diplomáticas, políticas e comerciais, marcadas pela visita de Estado em que ela nos recebeu, em 2006. Gravo na memória nosso encontro na reunião do G-20 em Londres, em 2009", lembrou o candidato do PT.
O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, também se manifestou no Twitter. “Com a morte da Rainha Elizabeth II se fecha um ciclo da monarquia britânica e se abrem as portas da história para uma mulher que foi um símbolo de superação, sacrifício pessoal e devotamento à causa de uma nação. Que ela descanse, merecidamente, em paz”, escreveu.
A candidata à Presidência pelo MDB, Simone Tebet, definiu Elizabeth II como “exemplo de liderança feminina que, ao longo de décadas, serviu como ponto de equilíbrio de uma nação poderosa como o Reino Unido”. No Twitter, a senadora desejou que a monarca “descanse em paz”.
Para Tebet, Elizabeth II se destacou por ter sido “modelo de estabilidade, de convivência respeitosa entre instituições de Estado” ao longo dos anos. “Sua vida, seus atos, sua trajetória servem como modelo num mundo em que valores como estes têm sido cada vez mais aviltados, como vem acontecendo, infelizmente, em nosso país”, disse.
Na rede social, Tebet também citou uma frase de Elizabeth II: “Foram as mulheres que inspiraram gentileza e cuidado no duro progresso da humanidade.”
A candidata do União Brasil à Presidência, Soraya Thronicke, também se manifestou no Twitter. "O mundo perde uma grande mulher, que soube conduzir com equilíbrio e bom senso as decisões da realeza britânica, respeitando os valores humanos e institucionais", escreveu.
"Elizabeth II foi uma mulher à frente do seu tempo - real defensora da família, do Estado e de seu povo. 'Enfrente ou em frente', seu maior ensinamento", disse Soraya. "O Brasil precisa mirar no exemplo dos ingleses que valorizaram a figura feminina da Rainha Elizabeth II, respeitando também a força das nossas mulheres e garantindo a elas cada vez mais protagonismo", afirmou.
O candidato do Novo à Presidência, Felipe D'Ávila, postou um texto sobre a morte da rainha, no qual enfatiza a admiração que nutre por Elizabeth II. "Com a sua morte, encerra-se um capítulo na história do Reino Unido e se esvai o último sopro de dignidade e de civilidade que ainda restava na política", disse.
"Não será fácil substituir uma rainha adorada por seu povo, admirada por estadistas do mundo e querida por todos que a consideravam um símbolo de alguém que sempre soube personificar os valores e tradições do seu país e a defesa implacável da coroa, da democracia e da civilidade", escreveu D'Ávila.
"Os ministros do STF poderiam aprender com ela a arte da discrição e a saudável distância dos holofotes", disse o candidato do Novo.
A candidata à Presidência Vera Lúcia, do PSTU, se solidarizou "com os trabalhadores ingleses que estão fazendo uma onda histórica de greves por aumento de salários".
“Morreu a rainha de uma monarquia capitalista responsável por genocídios, massacres e pilhagens de muitos povos em todo mundo. Que sua morte dê força para que os povos e os trabalhadores acabem com a monarquia, o imperialismo e esta exploração e opressão capitalista", escreveu.
Para o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), "a morte da Rainha Elizabeth é um marco na história do mundo". A monarca "deixa seu exemplo de superação como mulher e abdicação de sua vida pessoal pela Nação", escreveu, no Twitter. "Exemplo de chefe de Estado, muito amada por seu povo e respeitada no mundo inteiro."
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse ter recebido a notícia do falecimento da rainha "com pesar". No Twitter, ele afirmou que "a trajetória da monarca define o sentimento de trabalho árduo e coragem em meio a tantas mudanças durante seu reinado". "Meus sentimentos aos britânicos", escreveu.
Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás, citou Elizabeth II como um "exemplo". "Mesmo distantes, é impossível ficarmos indiferentes à morte da rainha Elizabeth II, aos 96 anos. Sua trajetória é singular e sempre mereceu atenção pelos grandes desafios que atravessou e pela postura que a coloca como uma das grandes estadistas do nosso tempo", disse, no Twitter.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), disse que Elizabeth II era uma "líder forte e carismática, quebrou barreiras e deixa exemplo e legado não apenas para o Reino Unido mas para todo o mundo". "Meu adeus à Rainha, nosso respeito e pêsames ao povo britânico", publicou, no Twitter.
O falecimento da rainha Elizabeth II "é uma grande perda para o mundo", disse o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). "Uma figura histórica dos séculos XX e XXI. Ela fez o reinado mais longevo do Reino Unido, ficando por mais de 70 anos no trono. Meus sentimentos a todos os cidadãos britânicos e à família real", escreveu.
O diretório nacional do PSDB publicou nota de pesar pela morte da rainha. “Elizabeth II nos deixa um exemplo coragem. Atravessou guerras e enfrentou, com serenidade, momentos críticos que ameaçaram a comunidade britânica. Acompanhou as transformações desta era sem nunca deixar de honrar a Coroa e tudo o que ela simboliza para o mundo. Descanse em paz", disse.
O diretório nacional do MDB prestou "solidariedade ao povo britânico". No Twitter, o partido Novo fez uma retrospectiva da atuação de Elizabeth II, que a legenda definiu como "uma das figuras mais marcantes da história", e disse que "o mundo todo está em luto".
"A Rainha Elizabeth II, uma das mais importantes chefes de Estado do nosso tempo, deixa um legado a ser lembrado para sempre. O Novo presta sua homenagem e envia suas condolências à Família Real, ao povo britânico e a todos os membros da Comunidade das Nações", disse o diretório nacional do partido.
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, também se manifestou sobre a morte de Elizabeth II. "A rainha britânica que mais tempo ocupou o trono, que acompanhou de perto boa parte dos grandes acontecimentos contemporâneos e que era sinônimo estrito do Reino Unido, tem a sua passagem lamentada por todos. Minhas condolências aos britânicos."