Bolsonaro: ainda não se sabe o impacto orçamentário dos ministérios (Adriano Machado/Reuters)
Clara Cerioni
Publicado em 10 de dezembro de 2018 às 14h29.
Última atualização em 10 de dezembro de 2018 às 14h33.
São Paulo — Com o anúncio neste domingo (9) de que Ricardo Aquino Salles vai ocupar o Ministério do Meio Ambiente, Jair Bolsonaro completou a escolha do time que fará parte de seu governo a partir de janeiro de 2019.
Ao todo, serão 22 pastas — sete a mais do que o prometido no início de sua campanha eleitoral. Atualmente, o governo de Michel Temer tem 29 ministérios.
A justificativa para enxugar a máquina federal, segundo o presidente eleito, foi para reduzir custos. Não se sabe, entretanto, de quanto será essa redução e a estimativa é que não haja impacto significativo no orçamento.
No esquema fechado, 16 pastas ficarão na Esplanada, quatro no Palácio do Planalto e outros dois serão transitórios.
A Advocacia-Geral da União (AGU) e o Banco Central (BC) devem perder o status nos próximos meses, após mudanças legislativas.
Até finalizar todas as indicações, as decisões do futuro governo foram marcadas por indas e vindas.
Alguns dias após ser eleito, Bolsonaro afirmou que o Ministério da Agricultura se fundiria com o Ministério do Meio Ambiente.
Após protestos de que isso enfraqueceria a pasta, inclusive arranhando a imagem do país no exterior, o presidente recuou da mudança.
A extinção do Ministério do Trabalho também foi alvo de inúmeras críticas. No entanto, o fim da pasta foi determinado e seu trabalho será dividido para três pastas.
Outro impasse foi o destino da Funai, que agora ficará com Damares Alves, no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.
O órgão que defende os interesses dos indígenas e sempre esteve no escopo da Justiça foi cotado para a Agricultura.
O primeiro escalão do governo Bolsonaro conta com a participação de ao menos sete integrantes do Exército brasileiro.
Além de seu vice, o general Hamilton Mourão, o presidente eleito terá Carlos Alberto dos Santos (Secretaria de Governo), Tarcísio Freitas (Infraestrutura), Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Internacional), Bento Costa e Lima Leite (Minas e Energia) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia).
Todos eles já tiveram experiências militares.