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Comissão pede tombamento do prédio do antigo DOI-CODE

Durante a ditadura militar, pelo menos 52 pessoas foram mortas e dezenas foram torturadas no local.


	Membros da Comissão da Verdade: comissões estiveram no edifício acompanhadas pelos secretários de estaduais de Segurança
 (Marcelo Camargo/Abr)

Membros da Comissão da Verdade: comissões estiveram no edifício acompanhadas pelos secretários de estaduais de Segurança (Marcelo Camargo/Abr)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2013 às 16h35.

São Paulo – A Comissão Nacional da Verdade (CNV) requisitou, junto com as comissões Estadual e Municipal da Verdade de São Paulo, o tombamento do prédio onde funcionou o Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna do 2º Exército (DOI-Codi).

Durante a ditadura militar, pelo menos 52 pessoas foram mortas e dezenas foram torturadas no local.

“O tombamento é absolutamente necessário. Espero que os secretários aqui presentes levem ao governador nossa solicitação. Sem exagero, este foi o maior centro de tortura da ditadura militar no Brasil”, ressaltou Paulo Sérgio Pinheiro, um dos membros da comissão nacional.

As comissões estiveram ontem (27) no edifício acompanhadas pelos secretários estaduais de Segurança, Fernando Grella Vieira; e da Cultura, Marcelo Araújo.

O processo de tombamento está em tramitação no Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), vinculado à Secretaria Estadual da Cultura. Atualmente, funcionam no complexo, que fica na Rua Tutóia, número 921, na zona sul, a 36ª Delegacia de Polícia e dois depósitos da Polícia Civil.

Durante a visita às antigas instalações do DOI-Codi, oito ex-presos políticos deram depoimentos sobre as agressões a que foram submetidos no local.

Entre os que estiveram presos no centro estão os presidentes da Comissão Estadual da Verdade, Adriano Diogo, e da municipal, Gilberto Natalini.

A ideia é que o edifício seja recaracterizado para se tornar um memorial em homenagem às vítimas da repressão.

"É importante dizer que muitos não perderam a vida em luta de rua, mas amarrados, sob tortura, dependurados, defenestrados, como vi nos dias em que estive aqui", relembrou Natalini.

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