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Comissão na Câmara só será recriada após STF julgar embargos

Partidos de oposição estudam a possibilidade de obstruir as votações na Casa a partir de fevereiro até que o STF dê celeridade ao julgamento dos embargos

Confusão na Câmara: Depois de bate-boca entre oposição e governistas, líderes partidários pressionam Eduardo Cunha (PMDB) em sessão de votação das chapas que pretendem compor a Comissão Especial (Antonio Augusto/Câmara dos Deputados)

Confusão na Câmara: Depois de bate-boca entre oposição e governistas, líderes partidários pressionam Eduardo Cunha (PMDB) em sessão de votação das chapas que pretendem compor a Comissão Especial (Antonio Augusto/Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2015 às 07h28.

Brasília – Partidos de oposição na Câmara dos Deputados disseram nesta segunda-feira, 21, que só haverá retomada da votação da formação da comissão especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff quando forem julgados os embargos declaratórios que serão impetrados pela Câmara no Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o líder da minoria, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), os oposicionistas estudam a possibilidade de obstruir as votações na Casa a partir de fevereiro até que o STF dê celeridade ao julgamento dos embargos.

"Esse tema levará mais tempo para ser decidido. O governo terá de conviver com esse fantasma pairando sobre a presidente Dilma", provocou Araújo.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e líderes partidários solicitaram uma audiência com o presidente da Corte, Ricardo Lewandowski, para tirar dúvidas sobre a decisão do STF a respeito do rito do impeachment.

Os deputados vão pedir que o STF julgue os embargos com a mesma brevidade com que julgou o rito. "Vamos retomar a comissão quando o julgamento estiver concluído", avisou Araújo.

O tucano destacou que a garantia de inscrição de chapa alternativa é "posição pétrea" para os partidos de oposição e considera impossível conceber a "ditadura" de uma chapa única. Para ele, é razoável que haja disputa entre chapas.

"O Congresso é a Casa da democracia. Na divergência, se resolve no voto", concordou o líder do DEM, Mendonça Filho (PE).

O líder do DEM defendeu seu projeto de resolução para permitir regimentalmente que haja a inscrição de candidatura alternativa.

Para Mendonça, sua proposta "consagra no regimento a figura histórica da candidatura avulsa". Ele declarou que sua proposta não é uma afronta ao STF, e sim uma adaptação à decisão da Corte. O deputado alegou que cabe ao Parlamento suprir a deficiência do regimento.

Os oposicionistas precisam de 257 votos para pedir que o projeto de resolução tramite em caráter de urgência. "Vamos ter o apoio da maioria (para aprová-lo)", disse Mendonça.

O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), acusou a oposição de não querer acatar a decisão do STF. "Eles sofreram uma extraordinária derrota. Tem gente que não quer cumprir decisão do STF. Era só o que faltava", declarou.

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