Brasil

Comissão externa que apura suborno deve ouvir Costa

Audiência teve apenas a manifestação contrária de Luiz Alberto (PT-BA), que argumentou não ver relação entre o ex-diretor e o caso da SBM


	Paulo Roberto Costa: ex-diretor da Petrobras foi preso na Operação Lava Jato da Polícia Federal
 (Agência Petrobras)

Paulo Roberto Costa: ex-diretor da Petrobras foi preso na Operação Lava Jato da Polícia Federal (Agência Petrobras)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2014 às 21h00.

Brasília - A oposição a presidente Dilma Rousseff se aliou nesta quarta-feira a setores da base aliada na comissão externa formada para investigar a Petrobras e formou maioria para aprovar um requerimento de oitiva do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava Jato da Polícia Federal, além de outros requerimentos pedidos de informações a vários órgãos federais.

A audiência para ouvir Paulo Roberto teve apenas a manifestação contrária de Luiz Alberto (PT-BA), que argumentou não ver relação entre o ex-diretor e o caso da holandesa SBM, alvo da comissão. Além da oposição, representantes de PMDB, PR e PSD deram aval ao requerimento para ouvir o ex-diretor. Foram aprovados também convites para Júlio Faerman, que teria recebido comissões da SBM por intermediar negócios com a Petrobras e a Philippe Levy, representante da empresa holandesa no país. Será questionado ainda ao Coaf se houve movimentação atípica de Faerman.

Na reunião, o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), contabilizado pelo governo como aliado, teve uma postura proativa sustentando, por exemplo, a inclusão da Transpetro entre as entidades e empresas que devem prestar esclarecimentos. A subsidiária é comandada por Sérgio Machado, indicado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

A estratégia da oposição foi considerada bem-sucedida por seus integrantes. Eles pretendem fazer da comissão uma espécie de ensaio do que pretendem levar adiante na CPI, quando esta for instalada. O líder do SDD, o deputado Fernando Francischini (PR), afirma que a intenção é criar uma agenda de trabalhos para forçar o governo a tratar de temas relativos à estatal e atrapalhar a estratégia do Planalto de tirar o foco da Petrobras. "A presença da comissão externa é simbólica num momento em que a oposição está sendo cerceada no seu direito de instalar uma CPI. A aprovação dessa oitiva na Superintendência é uma vitória parcial da oposição", definiu.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCombustíveisCorrupçãoEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEscândalosEstatais brasileirasFraudesIndústria do petróleoOposição políticaPetrobrasPetróleoPolíticaPolítica no Brasil

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 23 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP