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Comissão de Ética abre processo para investigar Bendine

De acordo com o presidente da Comissão, Mauro Menezes, o ex-presidente da Petrobras terá 10 dias para dar informações

Aldemir Bendine: o ex-presidente da Petrobras foi preso na semana passada pela PF (Valter Campanato/ABr/Agência Brasil)

Aldemir Bendine: o ex-presidente da Petrobras foi preso na semana passada pela PF (Valter Campanato/ABr/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de julho de 2017 às 21h55.

Brasília - A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu por unanimidade abrir um processo para apurar a conduta do ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine, com base nas delações premiadas feitas pelos executivos da Odebrecht.

Bendine foi preso na semana passada pela Polícia Federal.

De acordo com o presidente da Comissão, Mauro Menezes, o ex-presidente da Petrobras terá 10 dias para dar informações. As manifestações podem ser enviadas pelos advogados.

Segundo Menezes, a comissão tem adotado a mesma prática em casos similares e, apesar de não fazer uma avaliação criminal dos fatos, a Comissão tem o dever de apurar condutas éticas.

"A Comissão não trata de matéria criminal, mas tem obrigação e enxergar infrações éticas", disse.

Caso o colegiado decida que houve infração do ex-executivo ele pode sofrer uma sanção ética, que na prática seria apenas uma "mancha no currículo", já que ele não ocupa mais o cargo.

Defesa

O advogado de Bendini, Pierpaolo Bottini, disse que seu cliente ainda não foi notificado pela Comissão de Ética da Presidência, mas reiterou a disposição de Bendini em prestar esclarecimentos.

"O Ademir Bendini esta à disposição para esclarecer os fatos e demonstrar a regularidade da sua gestão a frente das instituições que presidiu", disse.

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