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Comissão da verdade deixa quartel no Rio sem visitá-lo

O comandante do 1º BPE, tenente-coronel Luciano, informou cumprir ordens superiores de não permitir a visita


	O deputado federal Ivan Valente: após reunião, o político descreveu para o militar as torturas que sofreram no local
 (Wikimedia Commons)

O deputado federal Ivan Valente: após reunião, o político descreveu para o militar as torturas que sofreram no local (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2013 às 13h47.

Rio - Integrantes da Comissão Estadual da Verdade, que tentavam visitar o quartel onde fica sediado o 1.º Batalhão da Polícia do Exército, na Tijuca, zona norte, onde funcionou o Destacamento de Operações e Informações (DOI) do 1º Exército durante a ditadura, saíram às 11h20 da unidade sem conseguir visitá-la.

O comandante do 1º BPE, tenente-coronel Luciano, recebeu a comissão, o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), que em 1977 esteve preso no DOI, e dois deputados estaduais Gilberto Palmares e Robson Leite, ambos do PT. O militar informou cumprir ordens superiores de não permitir a visita.

O Comando Militar do Leste divulgou nota oficial na qual alega que o Comando do Exército está vinculado ao Ministério da Defesa e não se subordina à Lei Estadual 6335/2012, que criou a Comissão Estadual da Verdade.

Durante a reunião, além de Valente, dois ex-presos políticos que passaram pelo DOI, Álvaro Caldas e Cecília Coimbra, descreveram para o militar as torturas que sofreram no local. "Eu lamento profundamente", afirmou o oficial, segundo relato de Cecília Coimbra.

Após o encontro, o comandante Militar do Leste, general Francisco Carlos Modesto, convidou a comissão para uma reunião no Palácio Duque de Caxias.

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