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Comissão da Câmara tenta votar projeto Escola sem Partido nesta terça (20)

Mas presidente da comissão já admite problemas e marca nova sessão para a quarta-feira (21)

Escola Sem Partido: nova tentativa de ler o texto hoje (20) na comissão da Câmara (Cleia Viana/Agência Câmara)

Escola Sem Partido: nova tentativa de ler o texto hoje (20) na comissão da Câmara (Cleia Viana/Agência Câmara)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 20 de novembro de 2018 às 13h48.

São Paulo - A comissão da Câmara dos Deputados que analisa o projeto de lei conhecido como Escola Sem Partido tentará discutir e votar o projeto hoje (20). É uma nova tentativa da casa após, na semana passada, a sessão que previa tal votação ser suspensa duas vezes. O projeto não conseguiu ser lido na ocasião, o que impede a sua votação.

Na sessão de hoje, os membros da comissão tentarão ler e votar o substitutivo apresentado pelo deputado Flavinho (PSC-SP). Se for lido e aprovado, poderá ir direto para o Senado, caso a comissão decida que o texto não precisa ir para análise no plenário da Câmara.

Presidente da comissão, o deputado Marcos Rogério (DEM-RO) já marcou nova sessão para amanhã (21), pois acredita que não dará para ler e votar o projeto nessa terça-feira. A estratégia da oposição ao projeto é impedir a leitura ou pedir vista.

Com a possibilidade de o projeto não ser aprovado em 2018, sua análise ficaria para 2019. Assim, será preciso designar novos presidentes e relator para a comissão.

Segundo o projeto, as regras do Escola Sem Partido valeriam não só para discussões em sala de aula, como para livros, vestibulares e provas de concurso. Em entrevista ao jornal O Globo, o deputado Marcos Rogerio afirmou que o parlamento precisa dar uma resposta à sociedade que se mostrou, segundo ele, preocupada com a “ideologia de gênero” nas eleições.

Boa parte da preocupação foi incentivada por uma mentira intensamente repetida por Bolsonaro e sua equipe durante a corrida presidencial — a de que Fernando Haddad (PT) havia criado um “kit gay” a ser distribuído aos alunos. Mesmo após proibição pelo Tribunal Superior Eleitoral, Bolsonaro voltou a falar do assunto como verdade.

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