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Comissão aprova convite para Levy explicar contas de Estados

O requerimento inicial apresentado pela oposição pedia a convocação do ministro, mas foi transformado em convite


	Ministro da Fazenda, Joaquim Levy: a oposição alega que há um "quadro de caos" nas finanças estaduais e acusa a União de tratar de forma desigual os entes da federação
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Ministro da Fazenda, Joaquim Levy: a oposição alega que há um "quadro de caos" nas finanças estaduais e acusa a União de tratar de forma desigual os entes da federação (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2015 às 17h08.

Brasília - A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 26, um convite para que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, venha ao colegiado explicar a situação financeira de Estados, em especial as contas bloqueadas do Rio Grande do Sul.

O requerimento inicial apresentado pela oposição pedia a convocação do ministro, mas foi transformado em convite. Caso Levy não atenda a solicitação dos deputados em 15 dias, a comissão poderá transformar o convite em convocação.

A oposição alega que há um "quadro de caos" nas finanças estaduais e acusa a União de tratar de forma desigual os entes da federação.

"O governo federal tem sido muito compreensivo com ditaduras amigas para perdoar dívidas de países africanos. Muito compreensivo em repassar dezenas de bilhões do BNDES para monopólios amigos. Mas também ele é muito agressivo no sentido de, por um dia, pela falta de R$ 300 milhões de pagamento da dívida, suspender os repasses e bloquear as contas", criticou Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS), um dos autores do requerimento.

Os parlamentares gaúchos dizem que o governo federal trata de forma "pouco republicana" o Rio Grande do Sul, que já teria pago sua dívida com a União.

Eles reclamam que o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), teria ficado "um dia inteiro aguardando por uma agenda" no Ministério da Fazenda.

"Uma dívida que, do nosso ponto de vista, já foi paga há muito tempo. Juros absurdos que o governo cobra do Estado. E também de uma necessidade de discutirmos o encontro de contas em razão de que a União nos deve e não nos paga. E nos exige o pagamento em dia daquilo que hoje não temos a condição de fazer", afirmou o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) por meio de nota.

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