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Comércio espera aumento moderado nas vendas de Natal

Economista afirma que as vendas não devem crescer mais do que 5%, uma vez que as famílias estão mais endividadas

A percepção do momento, segundo Carlos Thadeu de Freitas, é de que “o consumidor está mais contido” (Germano Lüders/EXAME.com)

A percepção do momento, segundo Carlos Thadeu de Freitas, é de que “o consumidor está mais contido” (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2011 às 10h20.

Brasília – Com a proximidade do Natal e do Ano Novo, época em que tradicionalmente as pessoas com algum poder aquisitivo trocam presentes, a previsão dos lojistas é de um crescimento moderado nas vendas.

O economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, acha que as vendas não devem crescer mais do que 5%, uma vez que as famílias estão mais endividadas, em decorrência da inflação mais alta ao longo deste ano e o décimo terceiro salário será mais usado, provavelmente, para saldar dívidas e limpar o nome. A percepção do momento, segundo ele, é de que “o consumidor está mais contido”.

Já o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior, estima um aumento de 6% a 7% nas vendas do comércio varejista, em relação ao final do ano passado. As vendas natalinas de 2010 contabilizaram aumento de 10% sobre as vendas no mesmo período de 2009. Isso, apesar da expansão do comércio pela internet, lembrou Pellizzaro.

Para dar conta da maior movimentação de pessoas no comércio à medida que se aproxima o Natal, os empresários do setor fizeram as contas sobre a necessidade de contratações adicionais de mão de obra e estimam a criação de 160 mil empregos temporários, de acordo com dados da CNDL. Isso dá 11% a mais que os 144 mil postos de trabalho de 2010 e 28% a mais que as 125 mil contratações de 2009.

Segundo Pellizzaro, “teremos um Natal bom este ano”, mesmo considerando-se que o cenário atual é de desaceleração da demanda doméstica e que o crescimento estimado será sobre uma base forte de vendas [fim do ano passado]. As sinalizações mais fortes para contratações temporárias e crescimento das vendas vêm do Sudeste e do Nordeste, acrescentou.

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