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Comércio fecha no RJ perto de área de confronto

Lojas na Penha, Duque de Caxias e Bangu fecharam as portas com medo da violência; em outras áreas comércio está tranquilo

A PM do Rio de Janeiro realizou hoje uma operação na favela Vila Cruzeiro, na Penha (REUTERS)

A PM do Rio de Janeiro realizou hoje uma operação na favela Vila Cruzeiro, na Penha (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2010 às 17h26.

Rio de Janeiro – Mesmo com a onda de ataques criminosos dos últimos dias, o comércio varejista está funcionando normalmente na região metropolitana do Rio de Janeiro, segundo informação do Clube de Diretores Lojistas (CDL). A única exceção é para os estabelecimentos localizados em áreas onde ocorrem operações policiais e há confronto com traficantes, como o Bairro da Penha, na zona norte da cidade.

"Nesses casos, pela falta total de segurança, não há alternativa para o comerciante a não ser fechar as portas”, disse o economista Fernando Melo, assessor da presidência do CDL. Segundo ele, a entidade não recebeu, até o momento, qualquer sugestão ou solicitação no sentido de mudar o horário de funcionamento das lojas, em função da onda de ataques.

Fernando Melo acredita, no entanto, que o bom-senso deve prevalecer entre os lojistas com relação aos empregados que moram em áreas consideradas de risco. “Não só a compreensão com as ausências ao trabalho, mas também no sentido de liberá-los mais cedo para o retorno às suas casas”, explicou.

A falta de ônibus e o risco de chegar em casa no período noturno são alguns dos maiores problemas enfrentados pela população carioca que reside nas chamadas áreas conflagradas da cidade.

Em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, o clima permanece tenso entre os comerciantes. Pela manhã, muitos optaram por não abrir as lojas, nas principais ruas do centro daquele município. Ontem (24) à tarde, praticamente todo o comércio do centro fechou.

"Abrimos a lanchonete às 7h, como fazemos todos os dias, mas o movimento estava muito fraco. Por volta das 10h, chegou uma informação que teria arrastão e, aí, decidimos fechar", disse Josué do Nascimento, dono de uma lanchonete na Avenida Central de Caxias. Segundo ele, os prejuízos de hoje e ontem somam mais de R$ 2 mil.

Em Bangu, na zona oeste da cidade, parte das lojas no centro do bairro também fechou nesta tarde depois que espalhou-se a informação de um arrastão. "Fechamos as portas e, pela fresta, vimos um grupo grande de homens passando pela rua e fazendo muito barulho. Foi tudo muito rápido, mas muito triste", contou Márcio Henrique Santana, dono de uma papelaria.

A Polícia Militar reiterou que o patrulhamento está reforçado em todo o estado e que ações criminosas que sejam testemunhadas devem ser comunicadas às delegacias de polícia.

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