Benefícios aos comerciários são garantidos devido à convenção coletiva (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2014 às 10h24.
São Paulo - Cerca de 250 integrantes do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, ligado à União Geral dos Trabalhadores (UGT), fizeram uma manifestação na frente da Prefeitura de São Paulo, na região central, na manhã de ontem. O objetivo do protesto, que começou por volta das 10h e durou cerca de uma hora e meia, foi pressionar o prefeito Fernando Haddad (PT) para que ele reverta a decisão que exclui a categoria do feriado de 12 de junho, quando ocorre a abertura da Copa do Mundo em São Paulo.
Os comerciários alegam que com a exclusão da categoria no feriado decretado, eles perderão benefícios como 100% de hora extra, folga adicional e vale-refeição. Eles são garantidos em dias de feriado por causa de uma convenção coletiva do Sindicato dos Comerciários com a área empresarial. "Feriado da Copa: valoriza lucro do setor patronal e exclui direitos dos comerciários", dizia um dos cartazes colados no trio elétrico do protesto.
Justiça
Segundo o presidente do sindicato, Ricardo Patah, representantes da categoria não foram recebidos pelo prefeito ontem. Patah afirmou que 500 mil comerciários devem ser afetados pela exclusão no feriado e que o sindicato entrará com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a decisão de Haddad.
"Vamos fazer um ato ainda maior na Câmara Municipal e até quarta-feira entraremos com uma Adin no Tribunal de Justiça para impedir que essa lei tenha valor", disse o presidente do sindicato.
Em nota, a Prefeitura informou que a lei foi sancionada "conforme as modificações e aperfeiçoamentos que foram feitos na Câmara Municipal, foro onde ocorreu o debate com a sociedade". A administração municipal afirmou ainda que a lei aprovada é compatível com a de outras cidades-sede da Copa do Mundo. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.