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Começa tumultuada a sessão da comissão do impeachment

Com quase 1 hora de atraso, a sessão teve um início tumultuado por sucessivas questões de ordem apresentadas por senadores da base aliada ao governo


	Comissão: a senadora Gleisi Hoffmann questionou o fato de ontem o relator ter se ausentado para escrever seu voto
 (Agência Brasil/Marcelo Camargo)

Comissão: a senadora Gleisi Hoffmann questionou o fato de ontem o relator ter se ausentado para escrever seu voto (Agência Brasil/Marcelo Camargo)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2016 às 14h52.

Começou há pouco a sessão da Comissão Especial do Impeachment no Senado na qual será apresentado o parecer do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) sobre a admissibilidade de processo contra a presidente Dilma Rousseff.

Com quase 1 hora de atraso, a sessão teve um início tumultuado por sucessivas questões de ordem apresentadas por senadores da base aliada ao governo.

A senadora Gleisi Hoffmann questionou o fato de ontem, durante a exposição de especialistas contrários ao impeachment, o relator ter se ausentado para escrever seu voto.

O líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB) classificou o questionamento como um ato de desespero de quem quer retardar o processo. “O que se vê nesse instante é o velho PT de sempre, o PT do quanto pior melhor”, disse.

O presidente do colegiado, senador Raimundo Lira (PMDB-PB) negou prosseguimento à questão de ordem.

Explicou disse que a ausência esporádica do relator não invalida e nem constrange os trabalhos da comissão. Além disso, Lira lembrou que as notas taquigráficas da sessão tem todos os registros na íntegra e está disponível para o relator consultar.

Próximos passos

A discussão do parecer de Anastasia será feita amanhã (5), quando o advogado-geral da União, José Eduardo Cardoso, responsável pela defesa da presidente, terá uma hora para contrapor as conclusões do relator.

Em seguida, os senadores passam a debater o parecer que será votado pelo colegiado nesta sexta-feira (6).

Na Comissão Especial o documento precisa do apoio da maioria simples dos senadores, ou seja, metade mais um dos que estiverem presentes a sessão.

Se admitido, também em votação por maioria simples, Dilma será imediatamente afastada do cargo por até 180 dias. Nesse período, o vice-presidente Michel Temer assumirá a presidência da República.

Enquanto isso, no Senado, a Comissão Especial retomará o processo para iniciar a fase de instrução e emitir novo parecer. Não há prazo para que o Senado faça o julgamento sobre o impedimento da presidente.

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