Quatro policiais militares foram acusados de envolvimento nas mortes de Paulo César Farias e de sua namorada, Suzana Marcolino, ocorridas em 23 de junho de 1996 (CLAUDIO VERSIANI/VEJA)
Da Redação
Publicado em 7 de maio de 2013 às 11h56.
Maceió - Com atraso de cerca de uma hora do horário previsto, começou na tarde desta segunda-feira, no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, em Maceió (AL), o julgamento dos quatro policiais militares acusados de envolvimento nas mortes de Paulo César Farias e de sua namorada, Suzana Marcolino, ocorridas em 23 de junho de 1996, na casa de praia do empresário, localizada na praia de Guaxuma, litoral norte da capital alagoana.
Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva são acusados pelo Ministério Público do Estado (MPE) de omissão nas mortes do casal, já que trabalhavam como seguranças de PC Farias e não impediram os crimes.
Cinco homens e duas mulheres foram sorteados para compor o corpo de jurados. O primeiro a testemunhar foi o jardineiro Leonino Tenório Carvalho, que trabalhava na casa onde aconteceram as mortes. Sua ex-mulher, Marize Vieira de Carvalho, que deveria ser a primeira a prestar depoimento, não participará do julgamento, porque, segundo o advogado José Fragoso Cavalcante, que faz a defesa dos acusados, está hospitalizada.
Leonino Tenório Carvalho foi o responsável pela limpeza no quarto onde aconteceram as mortes. Além de limpar o local do crime, o jardineiro ateou fogo no colchão da cama em que foram encontrados mortos PC Farias e sua namorada. "A ideia foi minha, porque pensei que não iria 'incomodar mais'", alegou o jardineiro, diante dos jurados. "Todo bagulho que não tem mais utilidade a gente joga fora", disse.