Brasil

Começa julgamento de acusado de mandar matar Dorothy Stang

Começou hoje o quarto julgamento do fazendeiro acusado de mandar matar Dorothy Stang, missionária americana assassinada em 12 de fevereiro de 2005


	Dorothy Stang, missionária norte-americana morta em 2005, no Pará: no primeiro julgamento, fazendeiro foi condenado a 29 anos de prisão, mas lei permite reabertura dos processos
 (LUIZ ESTUMANO / Veja Rio)

Dorothy Stang, missionária norte-americana morta em 2005, no Pará: no primeiro julgamento, fazendeiro foi condenado a 29 anos de prisão, mas lei permite reabertura dos processos (LUIZ ESTUMANO / Veja Rio)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2013 às 13h49.

Rio de Janeiro - Começou nesta quinta-feira em Belém o quarto julgamento do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o "Bida", acusado de mandar matar Dorothy Stang, missionária americana assassinada em 12 de fevereiro de 2005 no município paraense de Anapu.

Em seu primeiro julgamento, em 2007, Bida foi condenado a 29 anos de prisão, mas a lei permitia a reabertura dos processos envolvendo réus com sentenças maiores de 20 anos. No segundo julgamento, em 2008, Vitalmiro foi inocentado.

O Ministério Público recorreu da decisão e a sentença foi anulada. No terceiro julgamento, Bida foi condenado a 30 anos de prisão. A decisão, no entanto, foi anulada pelo STF sob a alegação de que a defesa do fazendeiro não teve tempo para analisar o caso.

Vitalmiro, que atualmente cumpre pena em regime semiaberto, retornou hoje ao banco dos réus no Tribunal de Justiça de Belém.

A promotoria acusa Bida de ordenar o assassinato de Stang em colaboração com outro latifundiário, Regivaldo Pereira Galvão, que foi condenado em 2012 a 30 anos de prisão e recorreu da decisão.

Dorothy Stang, que tinha 73 anos quando foi morta, trabalhava ao lado de comunidades de Anapu em projetos de desenvolvimento sustentável.

O autor do crime, o pistoleiro Rayfran das Neves Sales, confessou o assassinato e foi condenado a 28 anos de prisão. Ele deixou o regime fechado para cumprir o restante da pena em prisão domiciliar em julho deste ano.

Clodoaldo Carlos Batista, comparsa de Rayfran, foi sentenciado a 17 anos, mas após ser detido fugiu da prisão e está foragido. Já Amair Feijoli da Cunha, o "Tato", foi condenado a 18 anos de prisão como intermediário do crime.

Na audiência de hoje está previsto o depoimento de oito testemunhas, três de acusação e cinco da defesa, segundo um comunicado do tribunal, que pode emitir a sentença hoje mesmo.

Acompanhe tudo sobre:CrimeMinistério PúblicoMortesPará

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas