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Combate à corrupção em empresas deve estar à frente da lei

Olga Pontes, da Braskem destacou que as empresas que queiram se proteger da corrupção corporativa não devem se limitar às medidas sancionadas pelos governos


	Corrupção: lei anticorrupção sancionada em agosto entrará em vigor em fevereiro de 2014 e prevê uma multa de 20% sobre o faturamento bruto das empresas corruptoras
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Corrupção: lei anticorrupção sancionada em agosto entrará em vigor em fevereiro de 2014 e prevê uma multa de 20% sobre o faturamento bruto das empresas corruptoras (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2013 às 16h37.

Curitiba - O combate à corrupção dentro do setor privado deve estar à frente das disposições contempladas na lei, afirmou nesta quarta-feira o responsável de segurança empresarial da petroquímica Braskem, Olga Pontes, durante o encerramento do Fórum Transparência e Competitividade.

Durante o último dia de debates centrados no tema da corrupção, Olga destacou que as empresas que queiram se proteger da corrupção corporativa não devem se limitar às medidas sancionadas pelos governos.

"Uma empresa tem que fazer o que é certo por princípios e valores, independente da lei", declarou durante sua apresentação no fórum organizado pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Sistema Fiep) e o Instituto das Nações Unidas para Treinamento e Pesquisa (UNITAR).

No Brasil, a lei anticorrupção sancionada em agosto entrará em vigor em fevereiro de 2014 e prevê uma multa de 20% sobre o faturamento bruto das empresas corruptoras ou de R$ 60 milhões, caso os valores não sejam conhecidos.

A especialista em adequação empresarial a regras internas e externas indicou que, se uma empresa tem os mecanismos internos adequados, "automaticamente" se adequa à legislação.

"Não há uma única solução. Um avião não cai por um só motivo, mas sim por uma consequência de erros. Não tem muito sentido a empresa ter uma política se isso não se reflete na prática", avaliou.

Para Olga Pontes, as empresas que adotam mecanismos internos só para cumprir a lei correm o risco de perder em imagem e reputação.

"As empresas não podem ter uma postura cega para a realidade. Todo o programa de "compliance" (adaptação a normas internas e externas) tem que ser vivo porque o ambiente corporativo e o das legislações mudam", concluiu. 

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