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Comandante que permitiu protesto na Alerj é exonerado

Segundo a corporação, a troca já estava prevista antes da invasão ocorrida na terça-feira

PM: integrantes da PM atribuem a exoneração à pressão do presidente da Alerj, que criticou duramente a invasão à Casa (Marcello Casal Jr./ABr/Agência Brasil)

PM: integrantes da PM atribuem a exoneração à pressão do presidente da Alerj, que criticou duramente a invasão à Casa (Marcello Casal Jr./ABr/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de novembro de 2016 às 21h25.

Rio - Dois dias depois que policiais militares do Batalhão de Policiamento de Grandes Eventos (BPGE) e do Batalhão de Choque permitiram a entrada de uma multidão de manifestantes na sede da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), onde ocuparam o plenário e chegaram a destruir objetos, a Polícia Militar do Rio anunciou que o coronel Rodrigo Sanglard foi exonerado do comando do BPGE. Ele será substituído pelo tenente coronel Rubens Castro Peixoto Junior.

Segundo a corporação, a troca já estava prevista antes da invasão ocorrida na terça-feira, mas integrantes da PM atribuem a exoneração à pressão do presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani (PMDB), que criticou duramente a invasão à Casa.

A ocupação permitida pela PM foi um protesto de servidores contra projetos enviados à Alerj pelo governo estadual para equilibrar as contas públicas.

Em nota, Picciani afirmou que "a invasão do plenário da Alerj é um crime e uma afronta ao estado democrático de direito sem precedentes na história política brasileira e deve ser repudiado. Esse é um caso de polícia e de justiça e não vai impedir o funcionamento do Parlamento. (...)Os prejuízos causados ao patrimônio público serão registrados e encaminhados à polícia para a responsabilização dos culpados".

Não houve alteração no comando do Batalhão de Choque, que também atuava na Alerj na terça-feira.

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