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Comandante da PM comete "ato falho" em gratificações

Durante entrevista, o coronel Roberval Ferreira França confundiu os conceitos de "letalidade policial" por "integridade policial"


	Comando afirmou que iria pagar uma remuneração variável aos policiais que conseguirem reduzir o crime e a letalidade
 (Divulgação/PMSP)

Comando afirmou que iria pagar uma remuneração variável aos policiais que conseguirem reduzir o crime e a letalidade (Divulgação/PMSP)

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2012 às 12h52.

São Paulo - O comando da Polícia Militar disse ontem que trocou os conceitos de "letalidade policial" por "integridade policial" ao explicar o índice que pretende criar para pagar gratificações aos praças e oficiais. Na terça-feira, durante entrevista, o coronel Roberval Ferreira França disse que iria pagar uma remuneração variável aos policiais que conseguirem reduzir o crime e a letalidade. Ontem, o coronel disse que se expressou de forma equivocada. "Houve um ato falho", afirmou, depois de ouvir a gravação da entrevista, enviada pelo Estado.

Segundo ele, a proposta, a ser apresentada na semana que vem ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), vai depender de cinco indicadores: criminais (conforme taxas de homicídios, roubos, furtos, roubo de veículos, furto de veículos, latrocínios, estupros, roubo de cargas, etc.); indicadores operacionais (armas e drogas apreendidas, prisões em flagrante, procurados da Justiça capturados, etc); índice de satisfação com os serviços e com a PM; índice de confiança na PM; e índice de Integridade Policial (baseado no grau de integridade dos policiais que compõem uma determinada unidade da PM). Os policiais que receberem mais pontos vão ganhar gratificações.

O índice, segundo o coronel, será feito para pagar policiais de unidades territoriais. Não vai ser calculado por indivíduos. Para combater a letalidade policial, o coronel Roberval Ferreira França explica que existem outros instrumentos, a serem incrementados na reforma policial. Um deles é a melhoria da apuração interna dos desvios, agilizando o processo de expulsão.

O aumento da carga de treinamentos, que permitiria ensinar os procedimentos operacionais padrão aos policiais, será outra medida. Atualmente, é dada, uma vez por ano, uma semana de treinamento aos policiais. A ideia na reforma seria aumentar essa carga horária para duas horas de treinamento diárias.

"Atualmente, a PM tem 11 mecanismos internos e 14 mecanismos externos para controlar a letalidade policial, que reduziu bastante nos últimos anos. Estamos enfrentando esse tema com outras ferramentas", disse.

Para o coronel França, a reforma na PM deveria ajudar a mudar a imagem e a forma de agir da corporação. Segundo ele, a intenção é fazer com que a PM seja vista como um "manto protetor" da sociedade. A ideia seria fortalecer a prestação de serviços sociais, que correspondem à maioria do trabalho prestado atualmente pela corporação, que hoje prioriza o combate ao crime. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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