Brasil

Com SUS sobrecarregado, Rio inaugura primeiro hospital de campanha

O hospital do Leblon foi concebido e financiado pela iniciativa privada, mas vai atuar à disposição do sistema público contra a covid-19

Coronavírus: Atualmente, o único hospital estadual do Rio com leitos de UTI disponíveis é o Regional Zilda Arns, em Volta Redonda (Ricardo Moraes/Reuters)

Coronavírus: Atualmente, o único hospital estadual do Rio com leitos de UTI disponíveis é o Regional Zilda Arns, em Volta Redonda (Ricardo Moraes/Reuters)

CC

Clara Cerioni

Publicado em 25 de abril de 2020 às 16h09.

Sem leitos de UTI nas unidades estaduais de Saúde, o Rio de Janeiro inaugura neste sábado, 25, o primeiro hospital de campanha dentre os oito anunciados pelo governo para conter a pandemia do novo coronavírus.

Construído no Leblon, na zona sul da capital, a unidade abre hoje 30 leitos, sendo dez de UTI. Mais vagas serão disponibilizadas aos poucos, até chegar a 200 - divididos igualmente entre UTI e enfermaria.

O hospital do Leblon foi concebido e financiado pela iniciativa privada, mas vai atuar à disposição do sistema público. O projeto é da Rede D'Or, que também comandará as operações. A previsão é de que os primeiros pacientes da covid-19 cheguem ao local às 18h.

"A abertura dos hospitais de campanha vai nos possibilitar diminuir a pressão no nosso sistema de saúde. Com o tempo e a certeza de que não estaremos colocando vidas em risco, poderemos ter a volta gradual e regionalizada das atividades que hoje estão suspensas", afirmou o governador Wilson Witzel.

Quando anunciados, todos os hospitais de campanha tinham previsão de entrega para o dia 30 deste mês. Com exceção desse do Leblon, todos vão atrasar.

O próximo a ser inaugurado, nos primeiros dias de maio, é o do Maracanã, na zona norte. Maior unidade planejada pelo Estado, ele vai ter 400 leitos. Os demais hospitais serão inaugurados ao longo de maio, de acordo com a demanda de cada região.

Atualmente, o único hospital estadual do Rio com leitos de UTI disponíveis é o Regional Zilda Arns, em Volta Redonda, no sul do Estado.

No total, a taxa de ocupação da rede controlada pelo governo é de mais de 80% nos leitos para pacientes com quadros mais graves.

Segundo o último balanço da Secretaria Estadual de Saúde, divulgado na sexta-feira, o Rio tem 6.282 casos confirmados da covid-19, com 570 mortes.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusRio de JaneiroSUSWilson Witzel

Mais de Brasil

Produção de veículos cai 12,6% em março e Anfavea alerta para impacto de tarifas dos EUA no setor

PGR denuncia ministro Juscelino Filho por suspeita de desvios em emendas

Motta diz que há 'convergência' na Câmara sobre PEC da Segurança: 'Todos concordaram com urgência'

Clima de abril: Sul e Sudeste esquentam, enquanto Norte tem chuvas intensas