Brasil

Com reservas a 2%, Itu amplia racionamento de água

De acordo com a empresa Águas de Itu, a medida se fez necessária porque o consumo continua elevado e a estiagem segue forte desde janeiro


	Torneira: em Itu, o índice de chuvas em agosto foi de 29,5 mm e este mês, até agora, 25,7 mm
 (Joe Raedle/Getty Images)

Torneira: em Itu, o índice de chuvas em agosto foi de 29,5 mm e este mês, até agora, 25,7 mm (Joe Raedle/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2014 às 16h04.

Sorocaba - Desde a manhã desta quinta-feira, 18, os 163.882 moradores de Itu, na região de Sorocaba, têm ainda menos água nas torneiras.

Com menos de 2% de água nos principais reservatórios que abastecem a cidade, a concessionária Águas de Itu anunciou uma ampliação no racionamento.

A região do Pirapitingui, que não estava no rodízio, passou a receber água em dias alternados, das 18 às 6 horas. Já na região central e no restante da cidade, a água passa a ser fornecida nesse mesmo horário, mas uma vez a cada três dias.

De acordo com a empresa, a medida se fez necessária porque o consumo continua elevado e a estiagem segue forte desde janeiro, sem previsão de chuvas nos próximos dias.

Em Itu, o índice de chuvas em agosto foi de 29,5 mm e este mês, até agora, 25,7 mm, menos que a metade do esperado para o período.

"Além da falta de chuvas, a temperatura mais alta faz com que o consumo seja maior", disse Maurício Camilo, coordenador de produção da empresa.

Duas das principais represas, a do Fubaleiro e de São Miguel, que abastecem o centro e o Pirapitingui, respectivamente, estão praticamente secas.

"Para se ter uma ideia, em dias normais eram produzidos 62 milhões de litros, hoje estamos produzindo 20 milhões", disse Camilo.

A concessionária está injetando três milhões de litros de água comprada em outras cidades e constrói uma adutora para captar água 280 litros de água por segundo nos ribeirões Mombaça e Pau D'Alho, mas a obra só fica pronta em janeiro de 2015.

Em algumas regiões, a falta de água nas torneiras chega a uma semana.

Granjas vazias

Em Pereiras, que também enfrenta racionamento desde que o Ribeirão das Conchas secou e a captação teve de ser interrompida, em março deste ano, a seca prolongada afeta agora a avicultura, principal atividade econômica do município.

Dezenas de granjas suspenderam o alojamento de pintinhos por falta de água para abastecer as aves.

O avicultor Valdir Gayer, que produzia 15 mil frangos por mês e tinha consumo mensal de 360 m3 de água, mantém os aviários vazios desde abril, quando o único lago da propriedade secou.

Acompanhe tudo sobre:ÁguaChuvasConcessionáriasSecas

Mais de Brasil

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho