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Com queda nos casos da covid-19, Rio reabre Cristo e Corcovado

Nesta semana, o Rio registrou 40% menos mortes pela doença do que há duas semanas. Serão reabertos o Pão de Açúcar, Corcovado, Cristo e a roda-gigante Star

LIMPEZA DO CRISTO ANTES DA REABERTURA: atrações terão esquema de segurança para evitar aglomeração (Ricardo Moraes/Reuters)

LIMPEZA DO CRISTO ANTES DA REABERTURA: atrações terão esquema de segurança para evitar aglomeração (Ricardo Moraes/Reuters)

LB

Leo Branco

Publicado em 14 de agosto de 2020 às 06h48.

Última atualização em 14 de agosto de 2020 às 06h50.

Em mais uma fase da retomada gradual de atividades notórias promotoras de aglomerações antes da pandemia, diversos pontos turísticos do Rio de Janeiro voltam a receber visitantes neste sábado. Na lista estão o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, o trem do Corcovado, a roda-gigante Rio Star, inaugurada ano passado, e o aquário AquaRio.

A reabertura será acompanhada de muitas medidas de segurança para evitar surtos da covid-19 nesses espaços. Na roda-gigante, a capacidade foi reduzida em 50% - só quatro pessoas podem dividir a cabine.

O bondinho do Pão de Açúcar vai levar só metade do normal – 32 passageiros, mais precisamente. Em todos os pontos turísticos, o uso de máscaras será obrigatório, bem como o distanciamento social de dois metros. A promessa é de abundância de álcool gel por todos os cantos.

O Rio de Janeiro reabre seus principais cartões postais em meio à queda nas infecções e nas mortes pela covid. Nesta semana, o estado registrou 40% menos mortes pela doença do que há duas semanas, num declínio iniciado em meados de junho.

A capital do Rio de Janeiro está entre as capitais com maior queda na transmissão, à frente de outras metrópoles como São Paulo, num movimento que tem intrigado especialistas. Entre as hipóteses avaliadas estão a de maior adesão da população a medidas de distanciamento social e uso de máscaras. Ainda no radar está o fato de que boa parte dos infectados na cidade são jovens que, em tese, têm menos risco de adoecer pelo vírus.

Para o epidemiologista Onício Leal, do Brasil Sem Corona, um aplicativo para medir a evolução do vírus nas cidades brasileiras, ainda não está claro o motivo para a taxa de transmissão entre os cariocas ter caído numa velocidade mais rápida que a de outras capitais. "Não me parece que o Rio de Janeiro tenha incoerência nas informações sobre a pandemia. Portanto, se não há problemas na qualidade das informações, estamos diante de uma queda real nas taxas de transmissão", diz.

No acumulado desde o início da pandemia, o estado do Rio de Janeiro registrou 188.085 casos e 14.412 mortes pela doença.

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