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Com PSL em guerra, Bolsonaro vai à Ásia

A viagem de uma semana passará por Japão, China e Oriente Médio. Segundo o presidente, crise política não afetará a aprovação da reforma da Previdência

Bolsonaro: comitiva presidencial tem 110 empresários e oito ministros (Esteban Garay/Reuters)

Bolsonaro: comitiva presidencial tem 110 empresários e oito ministros (Esteban Garay/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2019 às 06h57.

Última atualização em 21 de outubro de 2019 às 07h06.

Em meio à guerra pelo comando do PSL, seu partido, o presidente Jair Bolsonaro parte esta semana para uma viagem internacional em busca de investimentos.

O presidente chegou a Tóquio às 13h desta segunda-feira, no horário local, e disse a jornalistas, no desembarque, que ia estreitar relacionamentos e buscar investimentos que “explorem racionalmente” a Amazônia. Depois, caminhou por ruas e parques de Tóquio. Em entrevista à Globonews disse que que amanhã o Senado deve aprovar a reforma da Previdência, numa agenda que não deve, segundo ele, ser afetada pela crise em seu partido. Amanhã Bolsonaro e várias chefes de estado participam de jantar de gala para a entronização do imperador Naruhito.

O presidente deve tratar ainda de comércio bilateral e investimentos em obras de infraestrutura com empresários japoneses. Sua comitiva inclui representantes de 110 empresas e de oito ministérios, entre eles o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Bolsonaro fica em Tóquio até dia 24, quando segue para Pequim e, dali, para Emirados Árabes, Catar e Arábia Saudita. Nestes destinos, tentará mostrar que as oportunidades comerciais estão acima de barbeiragens diplomáticas. Na China, uma viagem sua a Taiwan em 2018 nunca será esquecida, assim como suas constantes críticas ao “comunismo”. Nos países Árabes, sua intransigente defesa de Israel não ajuda a abrir portas.

Enquanto isso, por aqui, a disputa pelo comando da liderança do PSL deve continuar, com seu filho Eduardo, em pé-de-guerra com Delegado Waldir, líder do partido na Câmara, e outros nomes influentes da legenda, como Joice Hasselman. O maior antagonista dos Bolsonaro é o presidente da sigla, Luciano Bivar, que tentará aproveitar a ausência do presidente para consolidar o controle da legenda e do fundo partidário mensal de 8 milhões de reais.

Tanto na viagem à Ásia quanto na guerra interna do PSL, o objetivo é o mesmo: recursos. Quando a disputa é em prol do Brasil, como na comitiva que desembarcou em Tóquio, muito melhor.

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