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Com prisão mais próxima, Lula inicia caravana pelo Sul

ÀS SETE - Em nove dias, o ex-presidente deve percorrer 2.700 quilômetros no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná

CARAVANA LULA: depois de percorrer estados do Nordeste e do Sudeste, ex-presidente fará viagem de nove dias pelo Sul do Brasil  / Ricardo Stuckert/ Instituto Lula/Fotos Públicas

CARAVANA LULA: depois de percorrer estados do Nordeste e do Sudeste, ex-presidente fará viagem de nove dias pelo Sul do Brasil / Ricardo Stuckert/ Instituto Lula/Fotos Públicas

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2018 às 06h52.

Última atualização em 19 de março de 2018 às 07h10.

Com a possibilidade de sua prisão cada vez mais próxima, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começa nesta segunda-feira mais uma caravana em busca de apoio popular, desta vez pela região Sul do país.

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Em nove dias, Lula deve percorrer 2.700 quilômetros no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná. Nas etapas anteriores, a caravana percorreu estados do Nordeste, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Logo na primeira etapa, na cidade gaúcha de Bagé, Lula deve deve ser recebido com protestos, organizados por associações ruralistas, a associação comercial local e lojistas. Organizadores do protesto ameaçam bloquear, com tratores e caminhões, o acesso de Lula à Unipampa (Fundação Universidade Federal do Pampa), onde o ex-presidente iniciará sua agenda no estado.

No início do mês, a Câmara de Vereadores de Bagé aprovou moção de repúdio à visita de Lula. Há risco de confronto com seus apoiadores, segundo autoridades do estado.

A caravana estará em curso quando, no dia 26 de março, a a 8ª Turma do TRF-4, de Porto Alegre, pode analisar recursos contra a condenação e definir pela prisão do ex-presidente. Pela programação, Lula estará em Foz do Iguaçu na data.

A prisão nos próximos dias é uma possibilidade cada dia mais concreta segundo pessoas próximas a Lula. Em livro lançado na sexta-feira, o próprio ex-presidente afirma que está “pronto” para ser preso.

Ainda assim, Lula e o PT seguem o projeto eleitoral, de olho em sua volta ao Planalto. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o partido deve lançar um manifesto defendendo o fim do teto dos gastos públicos, que congelou as despesas federais por 20 anos.

Seria uma espécie de nova versão da Carta ao Povo Brasileiro, que em 2002 ajudou a afastar a rejeição a Lula no mercado financeiro.

Ainda não há data para divulgação do documento. Além de aguardar pelas definições de Porto Alegre, o petista tem esperança de que o Supremo Tribunal Federal revise a jurisprudência sobre a prisão de condenados em segunda instância. Enquanto a Justiça não se define, Lula viaja, fomentando divisões Brasil adentro.

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