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Com praias cheias, prefeitura do Rio retira 400 pessoas da areia da orla

Até a tarde de domingo, Guarda Municipal multou 218 pessoas na cidade por estarem sem a máscara, item obrigatório na cidade desde abril

RJ - MOVIMENTAÇÃO / LEME / ZONA SUL / CORONAVÍRUS / PRAIA / PANDEMIA - CIDADES - Movimentação na praia do Leme, Zona Sul do Rio de Janeiro, em meio à pandemia do Coronavírus, neste sábado (25). 25/07/2020 - Foto: RICARDO CASSIANO/AGÊNCIA O DIA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO (Ricardo Cassiano/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)

RJ - MOVIMENTAÇÃO / LEME / ZONA SUL / CORONAVÍRUS / PRAIA / PANDEMIA - CIDADES - Movimentação na praia do Leme, Zona Sul do Rio de Janeiro, em meio à pandemia do Coronavírus, neste sábado (25). 25/07/2020 - Foto: RICARDO CASSIANO/AGÊNCIA O DIA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO (Ricardo Cassiano/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)

AO

Agência O Globo

Publicado em 27 de julho de 2020 às 06h27.

Última atualização em 27 de julho de 2020 às 08h28.

Apesar da proibição da prefeitura do Rio de que os cariocas tomem banho de sol nas praias da cidade, em mais um fim de semana de sol e calor a orla do Rio lotou. Segundo a Guarda Municipal, até o fim da tarde de domingo, cerca de 400 pessoas haviam sido orientadas e retiradas da areia após abordagem dos agentes.

Neste fim de semana, 218 pessoas foram multadas pela Guarda por não usarem máscara de proteção, item obrigatório desde abril em todo o município. Entre os dias 5 de junho e 20 de julho, a corporação já registrou 1.966 multas por falta do uso de máscaras em toda a cidade.

Segundo a quarta fase de flexibilização da prefeitura do Rio também está proibida praticar esportes coletivos na areia nos fim de semana. Porém, neste domingo na Urca, além do banho de mar e sol, havia quatro grupos jogando vôlei sem máscara. A Guarda Municipal afirma que coibiu as práticas esportivas durante as fiscalizações.

O que é proibido ou permitido nas praias

Atividades esportivas individuais e coletivas. Entretanto, os esportes por equipe, como futevôlei, futebol de areia e volêi de praia, só podem acontecer de segunda a sexta-feira;

  • Banhos de mar continuam proibidos (só permitidos para prática esportiva), assim como permanência na areia para se bronzear e "curtir" a praia.
  • Os quiosques não podem funcionar após as 23h;
  • As mesas dos quiosques devem respeitar um espaçamento de 2 metros entre elas, dando preferência aos espaços abertos;
  • Os estabelecimentos não podem ultrapassar 50% da capacidade das mesas nos espaços internos;
  • Corrida, caminhada e pedalada na orla são permitidos;
  • Estacionamento na Orla volta a funcionar

Taxa de isolamento é de 50%

Dados da empresa Cyberlabs mostram que até as 16 horas de ontem, o Rio apresentava uma taxa de 50% de isolamento social.

Entre os bairros analisados pela empresa, a Barra da Tijuca registrou o menor índice de isolamento, com uma queda de apenas 38% de movimento nas ruas. Copacabana lideram o ranking com 53% de redução de pessoas.

  • Centro- 66%
  • Barra da Tijuca - 38%
  • Tijuca- 41%
  • Copacabana- 56%
  • Ipanema e Leblon- 53%

Festa de réveillon terá formato diferente, garante prefeitura

Diante da impossibilidade de realizar shows e receber milhões de pessoas na praia de Copacabana no fim deste ano, por conta da pandemia do novo coronavírus, a Riotur estuda novos formatos de réveillon, "mais virtual e descentralizado", para a cidade. A prefeitura garante que o evento não será cancelado, mas que terá um outro desenho, ainda a ser definido. Atendendo a pedidos da Associação de Hotéis, a Riotur trata como hipótese principal a pulverização das celebrações da chegada do novo ano pela região da rede hoteleira — com recursos visuais —, mas quer ampliar a sugestão, incluindo no roteiro as Zonas Norte e Oeste do município. Sem tratamento diferenciado para Copacabana, mesmo a queima de fogos deverá acontecer de forma igual em todas as localidades, e mais modesta.

A suspensão do festejo em Copacabana chegou a ser cogitada, mas depois a prefeitura negou a possibilidade. O órgão municipal contou que conversava com os setores de Comércio e Turismo, entre outros, sobre alternativas para diminuir suas perdas financeiras.

Embora não pense ainda em proibir tradições na praia, como mergulhos após a meia-noite e a oferta de homenagens a Iemanjá, o objetivo da prefeitura é desincentivar as idas à Copacabana, que provocam também aglomerações nos metrôs. Com isso, além do Piscinão de Ramos e Parque Madureira, que já recebiam comemorações nesta data, outros pontos fora do subúrbio devem ser integrados no plano de padronização do festejo por toda a cidade. Os recursos cogitados, por hora, são: iluminação de monumentos, projeção de vídeos e até hologramas.

Um consenso é de que a queima de fogos deve mudar de tom, evitando a euforia e dando espaço para sons e luzes que levem à reflexão. A demanda será repassada a profissionais das áreas. E o show, que costuma durar de 15 a 20 minutos em Copacabana, não deve ser tão longo.

A Riotur estuda como será a transmissão, pela TV e através de plataformas digitais, de todas as ações. Na programação, devem ser incluídas ainda apresentações de artistas, sem plateia, e possivelmente celebrações religiosas. Embora ainda não tenham sido realizadas conversas oficiais para isso, uma ideia é propôr a transmissão da tradicional missa realizada no Cristo Redentor dentro da agenda da prefeitura.

A discussão em torno da festa busca chegar a um formato de réveillon cuja liberação não dependa das curvas de contágio e mortes, visto que a preparação dele deve começar com bastante antecedência. Outras decisões, como a permissão para realização de festas em quiosques na praia e hotéis, porém, serão divulgadas posteriormente pelo comitê científico científico municipal.

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