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Com pouca chuva, Cantareira pode secar em quatro meses

Cemaden, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, traçou modelos baseados em diferentes cenários de precipitação e captação


	Cemaden, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, traçou modelos baseados em diferentes cenários de precipitação e captação
 (Divulgação/Sabesp)

Cemaden, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, traçou modelos baseados em diferentes cenários de precipitação e captação (Divulgação/Sabesp)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2015 às 09h39.

São Paulo - Projeções realizadas pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) revelam que, caso chova 50% abaixo da média na região do Sistema Cantareira e a captação se mantenha nos níveis atuais, esse manancial poderá secar daqui a quatro meses, no início de junho.

O centro, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, traçou modelos baseados em diferentes cenários de precipitação e captação. Para a projeção, foi analisada a rede de 33 pluviômetros automáticos instalados nas bacias de captação do Cantareira, em Jacareí, Cachoeirinha e Atibainha.

De acordo com Adriana Cuartas, hidróloga e pesquisadora do Cemaden, foram traçados cinco panoramas levando em conta as possíveis incidências de chuva. Os pesquisadores compararam os resultados com a série histórica de precipitações, desde 2004, disponibilizada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

Em janeiro, o índice de chuvas no Cantareira mostra-se pior que o cenário projetado pela pesquisadora. Até hoje (20), choveu apenas 60,9 milímetros desde o início do mês, o equivalente a 22,5% da média histórica para janeiro. “Vamos esperar o mês terminar para fazer a projeção. Estamos monitorando, avaliando e vendo o que acontece em janeiro para renovar as projeções”, disse. O nível dos reservatórios caiu de 5,8% ontem para 5,6% hoje.

Segundo Adriana, no trimestre que inclui os meses de outubro, novembro e dezembro, choveu 60% da média histórica. Num cenário otimista, de chuvas dentro da média histórica, o volume morto do Cantareira não secaria, mas permaneceria em níveis críticos. “O sistema não conseguira voltar para o volume útil”, esclarece. Nesse caso, o manancial dependeria da próxima estação chuvosa para se recuperar, a partir de 30 de setembro.

Na opinião da especialista, o ideal seria uma redução na captação, o que significaria diminuição no consumo ou aumento do racionamento. “Um dos cenários [traçados pelos pesquisadores] mostra que precisa diminuir muito a captação para não ficarmos numa situação perigosa”, declarou.

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