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Com passagem rápida pela ONU, Bolsonaro embarca para NY

Discurso do Presidente da República deve abordar queimadas, economia e combate à corrupção

Jair Bolsonaro: ida do presidente chegou a ser dúvida, após ele ser submetido a mais uma cirurgia para o tratamento das sequelas da facada que recebeu no ano passado (Alan Santos/PR/Flickr)

Jair Bolsonaro: ida do presidente chegou a ser dúvida, após ele ser submetido a mais uma cirurgia para o tratamento das sequelas da facada que recebeu no ano passado (Alan Santos/PR/Flickr)

AB

Agência Brasil

Publicado em 23 de setembro de 2019 às 08h16.

Última atualização em 23 de setembro de 2019 às 09h59.

São Paulo — O presidente Jair Bolsonaro viaja nesta segunda-feira (23) para Nova York, nos Estados Unidos, onde falará na 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Será a primeira vez que ele participará do evento, que reúne anualmente a maior parte dos chefes de Estado do planeta.

A ida do presidente chegou a ser dúvida, após ele ser submetido a mais uma cirurgia para o tratamento das sequelas da facada que recebeu no ano passado, mas a equipe médica — liderada pelo cirurgião Antonio Macedo — autorizou o presidente a viajar, após exames realizados na sexta-feira (20).

Tradicionalmente, cabe ao presidente do Brasil fazer o discurso de abertura na Assembleia da ONU. Bolsonaro já deixou claro que o ponto principal do seu pronunciamento será mesmo a defesa das ações do governo na Amazônia, após a repercussão negativa dos incêndios que vêm ocorrendo na região ao longo das últimas semanas.

Ele deve dizer, entre outras coisas, que as queimadas estão na média dos últimos 15 anos e defender a soberania do Brasil, e dos demais países amazônicos, sobre este território.

Após embates com o presidente da França, Emmanuel Macron, Bolsonaro afirmou na última sexta-feira (20), que não vai "apontar o dedo" para outros chefes de Estado em sua fala na ONU.

"Não vamos também fulanizar, apontar o dedo para nenhum chefe de Estado. A ideia é fazer um pronunciamento falando de quem nós somos, nossas potencialidades, o que mudou também. Não tem mais aquela questão ideológica", disse, completando que sua fala será "objetiva".

 

Segundo a Presidência da República, o discurso de Bolsonaro também deve abordar medidas tomadas pelo governo na economia e em temas como combate à corrupção e segurança pública. Na única reunião de alto nível prevista, o presidente deve se encontrar com o secretário-geral da ONU, Antonio Gutérrez.

Os demais encontros com chefes de Estado que estavam sendo planejados acabaram sendo cancelados, por motivos de saúde.

A agenda também inclui, segundo Bolsonaro, um jantar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na noite de hoje (22), mas ainda não há detalhes sobre quem mais deve participar.

O embarque do presidente e comitiva está previsto para às 8h, na Base Aérea de Brasília, e a chegada a Nova York deve ocorrer por volta das 16h.

Jair Bolsonaro deverá ser acompanhado pelos ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), da primeira-dama Michelle e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Se juntarão à comitiva, já nos EUA, os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Bento Albuquerque (Minas e Energia), que chegaram antes aos Estados Unidos. O retorno ocorrerá na noite de terça-feira (23), mesmo dia do discurso presidencial na ONU.

Durante a sua ausência, o vice-presidente, Hamilton Mourão, assume interinamente a função de chefe de Estado. A transmissão de cargo ocorreu pouco antes da viagem.

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