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Com ou sem Mozart? As indefinições do futuro governo

Diretor do Instituto Ayrton Senna e cotado para Ministério da Educação se reúne hoje com Bolsonaro. Seu nome encontra aversão na bancada evangélica

A confusão sobre a nomeação de Mozart Neves dominou o noticiário político ontem e deve ser o grande tema desta quinta-feira. (Marcos Oliveira/Agência Senado)

A confusão sobre a nomeação de Mozart Neves dominou o noticiário político ontem e deve ser o grande tema desta quinta-feira. (Marcos Oliveira/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2018 às 06h52.

Última atualização em 22 de novembro de 2018 às 11h16.

Mozart Neves, ex-reitor da Universidade Federal de Pernambuco e diretor do Insituto Ayrton Senna, assume ou não assume o ministério da Educação? A confusão sobre sua nomeação dominou o noticiário político ontem e deve ser o grande tema desta quinta-feira. Depois de jornais confirmarem Mozart no cargo, tanto o instituto quanto o futuro presidente negaram a confirmação. Por volta das 20h, no Twitter, Bolsonaro afirmou que “não existe nome definido para dirigir o Ministério da Educação”.

Mozart deve se reunir hoje com a equipe de transição de Bolsonaro numa reunião que deveria confirmar sua nomeação. Mas a disputa pela pasta, uma das potencialmente mais polêmicas do novo governo, é intensa. O nome do diretor do Instituto Ayrton Senna foi bem recebido entre educadores por razões técnicas: um bem-sucedido modelo de ensino médio integral em Pernambuco e sua aversão ao Programa Escola Sem Partido, uma das bandeiras de Bolsonaro e seus apoiadores.

Mas esta posição, segundo o jornal Folha de S. Paulo, teria gerado reação entre a bancada evangélica no Congresso, e foi a causa maior do vaivém na nomeação. Ouvido pelo jornal, o deputado Sóstenes Cavalcanti (DEM-RJ), disse que “o governo pode errar em qualquer ministério, menos no da Educação, que é uma questão ideológica para nós”. A declaração reforça o peso que as bancadas vêm tendo na formação do novo governo, fator reconhecido pelo próprio Bolsonaro.

Já são 12 ministros indicados. Além de Mendonça na AGU e Bebbiano na secretaria-geral, Onyx Lorenzoni assumirá a Casa Civil; Paulo Guedes deverá comandar um superministério da Economia; o juiz Sergio Moro será o ministro da Justiça e Segurança Pública; Tereza Cristina, ministra da Agricultura; Marcos Pontes comandará a Ciência e Tecnologia; o General Augusto Heleno será o chefe do Gabinete de Segurança Institucional; o General Fernando Azevedo e Silva vai assumir o ministério da Defesa; o diplomata Ernesto Araújo será o ministro das Relações Exteriores; Wagner Rosário será o chefe da Controladoria-Geral da União; e o médico e ortopedista Luiz Henrique Mandetta assumirá o ministério da Saúde.

Agora a equipe de transição corre para definir todos os ministérios até o fim do mês para até o dia 15 de dezembro ter um plano de trabalho para cada ministro. Faltam definir ainda cargos importantes, como o Banco do Brasil e a Caixa. Um nome de peso para a comunicação também não faria mal ao futuro governo.

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