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Com medo de motim, prefeitos do RJ se mobilizam para pagar PMs

O prefeito de Niterói anunciou que dará auxílio financeiro de R$ 3.500, em parcela única, a todos os policiais que atuam no município

PM: o objetivo dos prefeitos é atenuar a situação financeira da corporação (Reuters)

PM: o objetivo dos prefeitos é atenuar a situação financeira da corporação (Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de fevereiro de 2017 às 15h58.

Última atualização em 10 de fevereiro de 2017 às 16h00.

Rio - Diante da mobilização de familiares de Policiais Militares no Rio de Janeiro, prefeitos de algumas cidades começaram a se mobilizar para atenuar a situação financeira da corporação.

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PV), anunciou que dará auxílio financeiro de R$ 3.500, em parcela única, a todos os policiais que atuam no município.

Já prefeitura de Macaé, no norte fluminense, vai ajudar a pagar o 13º dos oficiais do 32º Batalhão de Polícia Militar, que atende a região.

Em Niterói, a bonificação será paga em fevereiro e soma-se ao Programa Niterói Mais Segura. A prefeitura promete ainda reforçar o trabalho da Guarda Municipal niteroiense, instituindo o auxílio fardamento e incluindo a corporação no programa de metas.

"Sabemos que segurança pública é uma atribuição constitucional dos Estados, mas acreditamos que é fundamental a cooperação que estamos realizando com as forças policiais", disse Neves em sua página em redes sociais.

Macaé

O prefeito de Macaé, Aluizio dos Santos Júnior (PMDB), o Dr. Aluizio, enviou um ofício ao comando do 32º BPM assumindo o compromisso de auxiliar no pagamento do 13º dos policiais em atraso, para evitar que uma situação semelhante à do Espírito Santo na cidade. O pagamento será feito em duas parcelas. A primeira em até três dias úteis e a outra, após 20 dias.

"O momento é de fazer esforços e sacrifícios. A segurança do cidadão não pode estar em jogo. Vamos pagar o décimo terceiro salário dos policiais para que não ocorra nenhuma paralisação em Macaé", disse o prefeito no Facebook.

Os parentes dos policiais militares estão protestando em frente a 27 batalhões em todo o Estado, na tentativa de pressionar o governo a pagar o 13º salário e outros vencimentos atrasados.

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