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Com Maluf, comissão tem maioria favorável a impeachment

Trinta e três dos 65 deputados do colegiado disseram que vão referendar o documento de Arantes, favorável ao afastamento da presidente Dilma Rousseff


	Paulo Maluf: a votação do parecer está programada para a próxima segunda-feira, 11
 (Beto Oliveira/Câmara dos Deputadores)

Paulo Maluf: a votação do parecer está programada para a próxima segunda-feira, 11 (Beto Oliveira/Câmara dos Deputadores)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2016 às 19h51.

São Paulo - A mudança de posicionamento do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) fez a Comissão Especial do Impeachment passar a ter parlamentares suficientes para aprovar o parecer do relator, deputado Jovair Arantes (PTB-GO).

Trinta e três dos 65 deputados do colegiado disseram que vão referendar o documento de Arantes, favorável ao afastamento da presidente Dilma Rousseff, com base nas pedaladas fiscais.

Até as 18h desta quinta-feira, 7, o Placar do Impeachment do jornal O Estado de S. Paulo mostrava que, no colegiado, 20 deputados devem ser contra o parecer, enquanto nove estão indecisos.

Os parlamentares Weliton Prado (PMB-MG), Edio Lopes (PR-RR) e Jhonatan de Jesus (PRB-RR) não quiseram responder à reportagem.

A votação do parecer está programada para a próxima segunda-feira, 11.

Maluf

O ex-prefeito de São Paulo havia se declarado até o início da semana contrário ao afastamento da presidente. A aproximação do Planalto ao PP mediante troca de votos por cargos no segundo e terceiro escalões foi um dos motivos, segundo Maluf, para a mudança de voto.

O deputado fez o anúncio, pelas redes sociais, no mesmo dia em que o presidente do PP, senador Ciro Nogueira, afirmou que o partido permanece na base de apoio do governo Dilma.

Segundo Nogueira, mais de 40 dos 57 parlamentares do partido preferem continuar como aliados do Planalto.

Rito

Nesta quinta-feira, 7, será definido o rito de discussão e votação do parecer. Um dos assuntos discutidos deve ser a possibilidade de sessões no fim de semana.

Quanto a isso, disse o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não há qualquer impedimento no regimento da Casa.

Parlamentares favoráveis ao impeachment querem que a votação no plenário ocorra em, no máximo, 10 dias.

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