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Com faixas criticando a corrupção, paulistanos vão às ruas

Entre os manifestantes, há grupos que defendem a intervenção militar. Dos cinco carros de som presentes na Avenida Paulista, dois pedem ação das Forças Armadas


	Vista aérea da manifestação em São Paulo: Dos cinco carros de som presentes na Avenida Paulista, dois pedem ação das Forças Armadas
 (Robson Fernandjes/Fotos Publicas)

Vista aérea da manifestação em São Paulo: Dos cinco carros de som presentes na Avenida Paulista, dois pedem ação das Forças Armadas (Robson Fernandjes/Fotos Publicas)

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2015 às 15h46.

A manifestação contra o governo federal reúne cerca de 580 mil pessoas na cidade de São Paulo, segundo estimativa da Polícia Militar, divulgada às 15h.

A maioria dos manifestantes veste amarelo, muitos estão com a camisa seleção brasileira. Alguns levaram até vuvuzela, instrumento sonoro muito usado durante a Copa do Mundo da África, em 2010.

Muitas faixas criticam a corrupção e as medidas econômicas do governo, outras pedem a saída da presidenta Dilma Rousseff.

Integrantes do movimento Vem Pra Rua, um dos organizadores dos protestos, levavam também uma cruz com os dizeres “Corrupção, Desemprego, Inflação, Juros: Que País é Esse”.

Entre os manifestantes, também há grupos que defendem a intervenção militar. Dos cinco carros de som presentes no ato na Avenida Paulista, dois trazem mensagens com pedidos de ação das Forças Armadas para destituir o atual governo.

O principal argumento dos locutores dos carros de som e dos textos e panfletos distribuídos à população para defesa da volta dos militares ao poder é a corrupção na política brasileira.

Segundo o empresário Anderson Rocha, que panfletava em favor da intervenção militar, essa ação seria a única capaz “de limpar o Brasil”. “O Brasil está canceroso. A educação e a saúde não funcionam. Não tem outra fórmula”, declarou.

Durante a ditadura militar (1964-1985) o Estado brasileiro restringiu as liberdades individuais e praticou diversas violações de direitos humanos.

Pelo menos 434 pessoas foram mortas ou desapareceram por ação dos agentes da repressão. Segundo o relatório final da Comissão Nacional da Verdade, o número não leva em conta os camponeses e indígenas que também sofreram com ação dos agentes da ditadura.

A identificação dessas pessoas deverá aumentar o número de vítimas do regime militar.

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