Chuvas: previsão para os próximos dias indica perspectiva de chuva até segunda (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2014 às 20h34.
Porto Alegre - Cinco dias de chuva intensa elevaram o nível dos rios, provocaram inundações e forçaram 4.675 pessoas a deixarem suas casas no noroeste do Rio Grande do Sul.
O balanço, divulgado pela Defesa Civil no final da tarde desta sexta-feira, 27, informa que o Rio Uruguai, divisa natural do Estado com Santa Catarina e fronteira natural com a Argentina, está 18 metros acima do normal.
Nos 52 municípios atingidos pelo fenômeno, 1.609 pessoas foram encaminhadas para abrigos públicos como ginásios de esportes, salões comunitários e escolas, e outras 3.066 conseguiram se transferir temporariamente para a casa de parentes e amigos.
As prefeituras de Vicente Dutra, Erval Grande e Barão do Cotegipe solicitaram ao governo do Estado a homologação da situação de emergência e outras vão recorrer à mesma medida nos próximos dias.
Uma das situações mais graves é a de Iraí, onde a prefeitura calcula que 1,2 mil pessoas estão fora de suas casas. Também há centenas de desabrigados em Nonoai e Porto Xavier, entre outros municípios da região.
A ponte sobre o Rio Uruguai, entre Iraí e Palmitos, em Santa Catarina, foi interditada durante o dia. Outras passagens pelo, como entre Nonoai (RS) e Chapecó (SC) e Erechim (RS) e Concórdia (SC), correm o risco de ficar abaixo da água.
Em Porto Mauá e Porto Xavier, o transporte de balsas para o lado argentino da fronteira foi suspenso. A enchente do Uruguai deve chegar a cidades como São Borja, Itaqui e Uruguaiana à medida em que as águas forem descendo para a foz.
O grande volume de chuva no noroeste do Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e sudoeste do Paraná, com acumulados de até 360 milímetros em cinco dias, é resultado do deslocamento de umidade da Amazônia para o sudeste do continente sul-americano.
A previsão para os próximos dias indica perspectiva de chuva até segunda-feira. O volume tende a ser menor, o que pode até fazer que as águas baixem nas cabeceiras dos rios.
Mas permanece a preocupação com o escoamento das águas, que podem inundar regiões mais baixas.