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Com discurso de candidato, Pacheco se filia ao PSD pregando união

Pacheco afirmou que a definição de um projeto de candidatura somente será feita em 2022, mas já fez um discurso em tom de campanha

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. (Adriano Machado/Reuters)

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de outubro de 2021 às 17h34.

Última atualização em 27 de outubro de 2021 às 17h49.

Em clima de lançamento de candidatura ao Palácio do Planalto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), assinou nesta quarta 27, sua ficha de filiação do PSD. Pacheco afirmou que a definição de um projeto de candidatura somente será feita em 2022, mas já fez um discurso em tom de campanha, defendendo a união nacional e o fim da intolerância para que o país possa retomar seu desenvolvimento.

"Nós hoje vivemos um momento de enorme preocupação quanto ao futuro da nossa nação e da nossa gente", afirmou. "Não há dúvida que estamos atravessando um dos momentos mais difíceis da nossa história. Esse último biênio nacional foi marcante. Foi tristemente marcante. Nós temos desafios enormes pela frente que precisam ser enfrentados e solucionados. O desafio da pandemia e sua cura, o desafio social e do mercado de trabalho, os desafios na área ambiental, os desafios da saúde e de uma educação de qualidade, o desafio na produção de energia e agora também o desafio da fome, um flagelo inaceitável que tem castigado tantos e tantos brasileiros", defendeu o senador.

"Hoje, estamos todos cansados e descrentes. Estamos cansados de viver em meio a tanta incerteza, a tanta incompreensão e intolerância. Uma sociedade dividida, em que cada um não admite o contrário e não aceita a existência do outro, nunca irá chegar a lugar algum", ponderou.

"Já passou da hora de voltarmos ao diálogo, de retomarmos o diálogo, o desenvolvimento e a paz", acrescentou.

Se Pacheco preferiu não assumir sua candidatura, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, foi direto a respeito do projeto e ironizou o "segredo" em torno do projeto político.

"Evidentemente, por causa da cautela dos mineiros, ele não vai aqui reconhecer, até porque vai fazer uma reflexão, mas em off, reservadamente, o Rodrigo Pacheco vai ser o nosso candidato e será presidente da República", afirmou Kassab diante da plateia que compareceu ao ato em Brasília.

A solenidade foi cercada de simbolismos políticos ligados ao provável projeto presidencial envolvendo Pacheco. A cerimônia foi feita no Memorial JK, uma espécie de museu sobre o ex-presidente Juscelino Kubitscheck e contou com a presença de sua neta Ana Cristina e de seu marido, o ex-senador Paulo Octávio, que preside o PSD no Distrito Federal. Além disso, um conjunto de chorinho foi trazido de Diamantina para tocar durante a solenidade.

Pacheco usou fartamente a associação com JK, especialmente na defesa da busca de conciliação e de desenvolvimento para o País. Também buscou citar Tancredo Neves como referência para sua política.

Além de muitos prefeitos mineiros, a solenidade de filiação de Pacheco teve presença maciça da bancada de senadores, não se restringindo aos 11 companheiros de bancada de PSD do presidente da Casa. Representantes de outros partidos prestigiaram sua filiação, como foi o caso dos senadores Davi Alcolumbre (DEM-AP) Marcos Rogério (DEM-RO), Katia Abreu (PP-TO), entre outros.

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