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Com crise, mais de 12 mil venezuelanos fugiram para o Brasil

Número foi divulgado em um relatório da organização americana Human Rights Watch, que pede que a Venezuela tome medidas de alívio

Crise: número de venezuelanos que migram e pedem asilo também aumentou em outros países (Marco Bello/Reuters)

Crise: número de venezuelanos que migram e pedem asilo também aumentou em outros países (Marco Bello/Reuters)

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AFP

Publicado em 18 de abril de 2017 às 15h05.

Última atualização em 18 de abril de 2017 às 15h08.

A crise econômica e social na Venezuela levou mais de 12.000 pessoas a fugir para o Brasil em busca de alimentos e medicamentos, segundo um relatório da organização americana Human Rights Watch divulgado nesta terça-feira, que pede a Caracas para tomar medidas de alívio.

"Há um aumento notável no número de venezuelanos que fogem da Venezuela fundamentalmente por razões humanitárias, buscando alimentos e medicamentos que não estão disponíveis", disse o diretor para América de HRW, José Miguel Vivanco.

Muitos também fogem da insegurança no país, "onde a regra é a impunidade para as vítimas de crimes violentes, sejam eles cometidos por organizações criminosas ou por agentes do Estado", afirmou Vivanco.

Segundo a organização, mais de 12.000 venezuelanos entraram e permaneceram no Brasil desde 2014, principalmente no estado fronteiriço de Roraima. O fluxo anual quintuplicou nos onze primeiros meses de 2016, com 7.150 entradas.

O relatório traz testemunhos de migrantes venezuelanos e de autoridades brasileiras no estado de Roraima.

O número de venezuelanos que migram e pedem asilo também aumentou em outros países como Argentina, Canadá e Estados Unidos, afirmou HRW.

Vivanco pediu aos países da região para implementar medidas de pressão sobre o governo venezuelano para que este implemente "mudanças e ajustes dramáticos", reconheça a crise e faça um pedido "aberto de ajuda" a entidades humanitárias internacionais, como a Organização Pan-americana de Saúde.

"Essas demandas devem ser formuladas pelos Estados-membros da OEA", a Organização de Estados Americanos, disse Vivanco.

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