Brasil

Com "Bolsoneco", manifestantes vão às ruas em defesa de Bolsonaro

Na capital paulista, apoiadores caminharam do Masp até a porta da TV Gazeta, na Avenida Paulista - onde ocorreu o debate entre candidatos à Presidência

Bolsonaro: manifestantes foram neste domingo, 9, às ruas em São Paulo, Brasília e Rio em defesa do presidenciável do PSL (Nacho Doce/Reuters)

Bolsonaro: manifestantes foram neste domingo, 9, às ruas em São Paulo, Brasília e Rio em defesa do presidenciável do PSL (Nacho Doce/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de setembro de 2018 às 09h51.

Última atualização em 10 de setembro de 2018 às 09h52.

São Paulo - Com críticas à imprensa e um discurso de que o servente de pedreiro Adelio Bispo de Oliveira não agiu sozinho ao planejar o ataque ao deputado Jair Bolsonaro, manifestantes foram neste domingo, 9, às ruas em São Paulo, Brasília e Rio em defesa do presidenciável do PSL. Na capital paulista, apoiadores caminharam do Masp até a porta da TV Gazeta, na Avenida Paulista - onde ocorreu o debate entre candidatos à Presidência organizado em conjunto com Estado, Jovem Pan e Twitter.

Na linha de frente do ato, que durou pouco mais de meia hora, um grupo de mulheres defendeu o porte de armas, uma das principais propostas de Bolsonaro. Aos gritos de "Força, Bolsonaro", o ato foi filmado pelos organizadores, que pretendem entregar as imagens à família do presidenciável. Ao fim, o grupo inflou um "Bolsoneco", boneco inflável com o rosto do candidato.

No Rio, no primeiro evento de campanha presidencial do PSL após o atentado, Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidenciável e candidato ao Senado pelo mesmo partido, disse que, a partir de agora, "todos são Bolsonaro". Com críticas à imprensa, Flávio afirmou que seu pai não foi atacado porque poderia ser eleito presidente, "mas porque já estava eleito".

Aos jornalistas, disse que teme pela própria segurança, por considerar o atentado um ato premeditado que visava a toda a família. "Apreenderam quatro celulares na pensão em que o criminoso estava. Ele tinha, sim, problemas mentais, afinal, foi do PSOL", afirmou. Oliveira foi filiado ao PSOL de Uberaba (MG) entre 2007 e 2014, mas, segundo a direção do partido, não tinha nenhuma participação nas decisões da legenda.

"Impulso"

Em Brasília, o general da reserva Augusto Heleno Ribeiro comandou uma caminhada por uma das principais avenidas da cidade, em apoio às campanhas de Bolsonaro ao Planalto e do general Paulo Chagas (PRP) ao governo do Distrito Federal. O evento já estava marcado desde o começo da semana passada e, após o ataque em Juiz de Fora, se transformou num ato de solidariedade ao presidenciável do PSL.

De megafone na mão, o general disse que o atentado "impulsionou" a campanha. "O trágico incidente de Juiz de Fora, que poderia significar a perda da vontade e do ânimo, só aumentou o entusiasmo e a convicção de que vamos conquistar nosso objetivo, que é a vitória", afirmou. Para ele, "algum grupo político" estaria por trás do ato de "extrema loucura" de Oliveira, que não é um "maluco".

A investigação do caso está a cargo da Polícia Federal. A exemplo de Flávio Bolsonaro, Heleno também criticou a imprensa, especialmente no que se refere à cobertura de declarações do candidato do PSL sobre desarmamento. O general disse que, em qualquer situação, a compra de uma arma só será permitida se forem cumpridos requisitos. Para o general, a imprensa "transforma" as "brincadeiras" de Bolsonaro sobre armas em "coisas sérias" e "factoides". "Vivem falando que Bolsonaro é violento e prega violência. É mentira."

"Intolerância"

Na porta do Hospital Albert Einstein, na zona sul de São Paulo, onde Bolsonaro está desde sexta-feira, 7, outro filho do presidenciável, Eduardo Bolsonaro, negou que seu pai use um discurso de violência e culpou a "esquerda" por disseminar a intolerância no Brasil. "Quem são os intolerantes? Quem é que são os radicais? Será que nós é que somos os intolerantes?", questionou ele, acrescentando que o agressor saiu vivo e sem ferimentos após o ataque em Juiz de Fora.

Eduardo disse que uma facada, nas circunstâncias do evento em Minas Gerais, seria muito mais "invasiva e letal" do que um tiro naquela distância. "A faca entrou 12 centímetros. Se fosse uma arma de fogo, teria sido uma lesão até menor." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Eleições 2018Jair BolsonaroProtestosProtestos no BrasilPSL – Partido Social Liberal

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 23 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP