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Com bala alojada, Cid Gomes tem alta hospitalar

Senador foi baleado durante um protesto de policiais em Sobral, interior do Ceará

Estado vive um motim de policiais que reivindicam aumento salarial (WELLINGTON MACEDO/Estadão Conteúdo)

Estado vive um motim de policiais que reivindicam aumento salarial (WELLINGTON MACEDO/Estadão Conteúdo)

Janaína Ribeiro

Janaína Ribeiro

Publicado em 23 de fevereiro de 2020 às 12h39.

Última atualização em 23 de fevereiro de 2020 às 12h42.

Após passar cinco dias internado, o senador Cid Gomes recebeu alta médica em uma unidade de saúde de Fortaleza. Gomes foi baleado na quinta-feira, 19,  durante um motim de policiais militares que reivindicavam aumento salarial em Sobral, no Ceará.

Quando foi atingido, ele tentava passar por um bloqueio com uma retroescavadeira. O caso corre sob investigação da Polícia Federal.

No sábado, 22, o senador passou por um exame de raio-x que confirmou a existência de dois projéteis alojados, um ao lado da costela e outro no pulmão esquerdo, assim como um fragmento de projétil. Não serão realizados procedimentos para a retirada destes, informou a assessoria de Cid para o G1. Serão necessárias sessões de  fisioterapia e administração de antibióticos para restabelecimento da função pulmonar.

Entenda

Os PMs têm feitos os motins para pressionar o governo por aumento salarial. A proposta da gestão é aumentar o salário de um soldado da PM dos atuais R$ 3,2 mil para R$ 4,5 mil, em aumentos progressivos até 2022.

O grupo de policiais que realiza as manifestações reivindica que o aumento para R$ 4,5 mil seja implementado já neste ano, de forma integral.

O governo do Ceará divulgou uma relação de 160 policiais militares que foram suspensos das funções por envolvimento nos motins da Polícia Militar que ocorrem no Estado desde quarta-feira (19).

Pelo menos 103 pessoas foram assassinadas nesses seis dias, sendo que 88 homicídios ocorreram entre a quarta e a sexta e, entre sábado e a manhã deste domingo (23), ao menos 15 pessoas foram mortas, segundo levantamento do site de notícias G1.

Entre os afastados está o PM reformado Cabo Sabino, ex-deputado federal apontado como um dos incentivadores do tumulto.

 

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