Brasil

Com 9 mil infectados e 12 mortes, dengue bate recorde em Bauru

A preocupação maior, segundo a Secretaria da Saúde, é com o avanço da doença para as regiões mais populosas do estado

Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue: Bauru determinou que os casos suspeitos sejam tratados como prioridade nos 65 centros de saúde da cidade (James Gathany/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue: Bauru determinou que os casos suspeitos sejam tratados como prioridade nos 65 centros de saúde da cidade (James Gathany/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de abril de 2019 às 09h22.

Sorocaba — A dengue já afetou 9.232 pessoas e causou 12 mortes neste ano em Bauru, no interior de São Paulo. O número de casos já é maior do que na epidemia de 2015, quando foram registradas 8,4 mil ocorrências e 6 pessoas morreram. A cidade, que está em situação de emergência devido à epidemia, tem ainda outras 8 mortes em investigação.

Bauru lidera o ranking estadual da doença, segundo dados da Secretaria da Saúde do estado. Araraquara, em segundo lugar, confirmou 818 novos casos em uma semana. Agora, já são 5.589 casos e cinco mortes confirmadas.

A preocupação maior, segundo a Secretaria da Saúde, é com o avanço da doença para as regiões mais populosas do estado. Em Campinas, o número de casos confirmados saltou de 56 no início de março para 799 até o dia 1º de abril. A região noroeste da cidade é a mais afetada, com 370 confirmações.

A Secretaria de Saúde do município determinou que os casos suspeitos sejam tratados como prioridade nos 65 centros de saúde da cidade.

Nesta quarta-feira, 3, a equipe do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) reuniu-se com dirigentes da rede hospitalar municipal, ligada ao Hospital Mário Gatti, do Hospital da Pontifícia Universidade Católica (PUC) e de hospitais privados para discutir ações, tendo em vista o risco de uma epidemia de dengue. Foram definidos protocolos para o manejo clínico e assistência ao paciente.

Com a circulação já confirmada do sorotipo 2 do vírus na cidade, o risco é de maior número de casos graves. "As pessoas que tiveram o tipo 1 da doença, que predominou nos últimos anos, podem pegar o tipo 2 e adoecer com maior gravidade", disse a diretora do Devisa, Andrea von Zuben. Até esta quarta-feira, não havia registro de mortes por dengue, neste ano, em Campinas.

Em Sorocaba, a Vigilância Epidemiológica emitiu alerta às unidades de saúde devido ao risco de um surto epidêmico nas próximas semanas. A cidade tem 173 casos confirmados de dengue este ano, dos quais 145 foram contraídos no município.

No mesmo período do ano passado, houve apenas 8 casos e, em 2017, foram 35.

Segundo a Vigilância, o quadro atual é definido como pré-epidêmico, com risco moderado de se tornar epidemia. A prefeitura intensificou os mutirões de limpeza e ações de conscientização para combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

Acompanhe tudo sobre:DengueSão Paulo capital

Mais de Brasil

'Extrema-direita não voltará a governar esse país', diz Lula sobre eleições de 2026

Moraes manda Ministério da Justiça formalizar pedido de extradição de Zambelli

Projeto que anula aumento do IOF deve ser pautado na terça, diz Hugo Motta

Empresários franceses prometem a Lula investir R$ 100 bi no Brasil