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Collor passará por audiência de custódia para definir local de prisão

Ex-presidente foi detido na madrugada desta sexta-feira, quando embarcava no aeroporto de Maceió

Collor foi preso na madrugada desta sexta-feira em Maceió (Getty Images)

Collor foi preso na madrugada desta sexta-feira em Maceió (Getty Images)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 25 de abril de 2025 às 13h10.

Última atualização em 25 de abril de 2025 às 13h10.

O ex-presidente Fernando Collor vai passar por uma audiência de custódia para definir, dentre outras medidas, o local onde sua prisão será cumprida. A audiência virtual está marcada para 11h30 desta sexta-feira, e será comandada por um juíz auxiliar do Supremo Tribunal Federal (STF).

Collor foi preso na madrugada desta sexta-feira em Maceió (AL) quando se preparava para viajar para Brasília, onde iria se entregar à Polícia Federal. Segundo interlocutores, ele estava "calmo" quando foi preso. A detenção imediata do político foi determinada na noite de ontem pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, após se esgotarem os recursos no processo no qual ele foi condenado por participar de um esquema de corrupção.

Os advogados do ex-presidente confirmaram ao GLOBO a prisão de Collor e disseram que ele foi detido às 4 horas da manhã de hoje, "quando estava se deslocando para Brasília para cumprimento espontâneo da decisão do Ministro Alexandre de Moraes". "O ex-presidente Fernando Collor de Mello encontra-se custodiado, no momento, na Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana. São estas as informações que temos até o momento", informou o criminalista Marcelo Bessa.

Na noite de ontem, Moraes rejeitou o segundo recurso da defesa e determinou o cumprimento imediato da pena imposta a Collor. Ele foi condenado a oito anos e dez meses, em regime inicial fechado, por participação em uma esquema de corrupção na BR Distribuidora, descoberto pela Operação Lava-Jato.

Na decisão, Moraes diz que Collor, com a ajuda dos empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, recebeu R$ 20 milhões para viabilizar irregularmente contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia para a construção de bases de distribuição de combustíveis.

A vantagem foi dada em troca de apoio político para indicação e manutenção de diretores da estatal.

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